Lápis de olho pode causar terçol se não for de boa qualidade e retirado corretamente

Condição comum e que afeta pessoas de todas as idades, o terçol começa com uma inflamação que também pode se tornar um processo infeccioso das glândulas que ficam na área dos cílios. “O lápis pode, sim, influenciar na formação do terçol, porque muitas vezes o quadro pode acontecer por excesso de gordura, oleosidade local, muito comum nas pessoas que tem blefarite, que é aquela descamação na região da linha dos cílios, mas também por sujidades”, afirma a dermatologista Dra. Claudia Marçal, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

De acordo com a médica, a influência do lápis na inflamação pode acontecer por dois motivos: “Primeiro, se ele não for de qualidade, pode causar uma hipersensibilidade local que pode irritar a região e fazer com que a glândula tente se livrar daquele depósito de pigmento; e além disso, o lápis pode provocar (se não bem retirado com demaquilante após uso da maquiagem) um processo inflamatório pela presença da sujidade que obstrui o ducto de saída da glândula, criando uma inflamação”, explica a dermatologista. “Posteriormente, as bactérias da nossa própria pele podem contaminar a área e fazer o terçol propriamente dito, com um nódulo que inicialmente é inflamatório mas pode ser infeccioso”, completa.

Causas — “A maquiagem é um dos fatores que propiciam esse processo inflamatório, a oleosidade da própria região quando o paciente tem tendência à blefarite, o estresse e a carência nutricional também estão relacionados com o problema. O terçol pode acometer homens ou mulheres, mas as mulheres acabam sendo mais propensas justamente pelo uso de maquiagens, de cílios postiços, de lápis, enfim, e a inadequada retirada de tudo aquilo que é depositado diariamente naquela região”, comenta.

A médica conta que, quando o terçol é só inflamatório, ele se resolve espontaneamente de cinco a sete dias. “Quando ele é infeccioso, o paciente precisa buscar ajuda junto ao oftalmologista porque aí é necessário entrar com o uso de um antibiótico tópico”, recomenda.

Fonte: Dra. Claudia Marçal
Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School.

 

maria.claudia@holdingcomunicacoes.com.br