Mulheres agregam olhar acurado e sensível aos cargos de gestão de grandes organizações

Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta-feira (8), a professora Lilian Pereira Ferrari assume o maior desafio de sua carreira profissional: ocupar a posição de reitora de uma universidade. A bióloga e doutora em genética e biologia molecular dedicou sua vida à educação como professora e, no primeiro dia do mês de março, chegou a posição máxima dentro de uma IES. Lilian faz parte dos apenas 7,7% das mulheres que ocupam funções de liderança nas organizações brasileiras segundo o último levantamento feito pela Deloitte na pesquisa “Women in the Boardroom” (Mulheres nas salas de reunião). O dado traz à tona uma realidade social que deve ser superada. “Somos multifacetadas e isso pode ser visto de muitas formas pelas organizações. Vejo que as diversas funções que exercemos ao longo da vida não colocam nossa carreira em segundo plano, mas nos fazem enxergar as situações com um olhar mais apurado e sensível”, explica a reitora do UniBrasil Centro Universitário.

 

A nova gestão vem acompanhada de muitos desafios, que para Lilian começam no cenário macroeconômico, com a política e econômica do país intervindo diretamente na educação e na sala de aula. “A instabilidade chegou à casa de muitas pessoas. Isso interfere diretamente nos estudantes que fazem a graduação com o olhar voltado ao futuro. Mais do que nunca eles precisam de incentivo e direcionamento”, argumenta a profissional. No UniBrasil são mais de 5 mil pessoas, entre alunos e colaboradores, 24 cursos e 300 professores.

 

Quando questionada sobre as mudanças ao longo dos 12 anos de carreira dentro da instituição, Lilian destaca a importância da gestão participativa. “Já estive dentro da sala de aula, passei pela coordenação até chegar à reitoria. Compreendo os anseios dos estudantes e a necessidade de um canal aberto, com diálogo e transparência. Este é um dos meus principais objetivos neste início”, antecipa.

 

Ambiente favorável para o desenvolvimento pessoal e profissional

 

Além da reitoria ter à frente uma mulher, dos 23 coordenadores de cursos, 16 são mulheres. A gestão de infraestrutura também é conduzida por uma profissional e diversos outros setores. “Encontramos entre as organizações, aquelas que incentivam a carreira profissional independente do gênero.  Nos últimos anos temos visto crescer o número de mulheres dentro das salas de aula e nos mais variados cursos. Espero que possamos ver isso também no mercado profissional. A oportunidade deve existir para quem tem a competência necessária”, finaliza a gestora.