Até 50% dos casos de coqueluche em bebês podem implicar em hospitalização

Apesar de a coqueluche ser uma doença já conhecida e com proteção por vacinação disponível há muitos anos, os últimos surtos têm deixado mães, pacientes e especialistas em alerta. Dos casos de coqueluche em bebês de 28 dias a 12 meses, até 50% implicam em hospitalização1. Dos lactentes hospitalizados, 61% podem sofrem apneia, 23% desenvolver pneumonia, 1% convulsões e 1% pode inclusive chegar ao óbito1.

“Além das consequências em bebês, é necessário ficar alerta pois engana-se quem pensa que para os adultos a doença não é grave”, alerta Dra. Ana Paula Flora, Gerente Médica da Sanofi Pasteur. Adolescentes e adultos também podem ter complicações. Até 33% dos indivíduos podem apresentar perda de peso, 6% síncopes e 4% fraturas de costela1.

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda e transmissível que compromete o aparelho respiratório e por isso é identificada pela tosse seca característica da doença. O principal sintoma da coqueluche é a tosse paroxística, ou seja, repentina e com tossidas rápidas e curtas em uma única expiração, além da inspiração profunda do ar com som agudo semelhante a um guincho3. Vômitos pós-tosse, apneia e engasgo também caracterizam a doença3.

Para evitar o contágio e a transmissão, é preciso entender o ciclo da doença e a forma de prevenção. A bactéria permanece incubada de 5 a 10 dias e depois se iniciam os sintomas4. A partir de então, por até três semanas, é que há a possibilidade de transmissão4. A doença é prevenível por vacinação. No Brasil, para a vacinação privada, indica-se que a vacina hexavalente – que protege contra coqueluche, difteria, tétano, doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B5 – seja tomada aos 2, 4 e 6 meses, com reforço entre 15 e 18 meses de idade6.

Referências:

1. RedBook, 2015; Cortese MM, BisgardKM. In: Wallace RB, KohatsuN, KastJM, ed. Maxcy-Rosenau-LastPublicHealth & PreventiveMedicine, FifteenthEdition. The McGrawKM. Pertussis.

2. Ministério da Saúde – Fonte: Sinan/SVS/MS – atualizado em 08/06/17

3. Portal Arquivos Saúde [Internet] Acesso em: Sep 2017 Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/15/Coq-NI-Novas-Recomenda—-es-02-06-2014-FINAL.pdf  

4. www.cdc.govwww.cdc.gov Red Book, 2012.

5. Calendário de vacinação da criança 2017-2018. Sociedade Brasileira de Imunizações.

6. Tregnaghi MW, et al. Pediatr Infect Dis J 2011; 30:e88–e96

 

danilo.ribeiro@ketchum.com.br