Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: Oftalmologista esclarece principais dúvidas sobre a doença

Glaucoma é uma doença oftalmológica que danifica o nervo ótico e envolve a perda de células da retina responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro. Normalmente, o Glaucoma é causado pela alta pressão ocular. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10% dos casos de cegueira no mundo é ocasionado por esse mal. “O Glaucoma é silencioso, não apresenta sintomas, pois a perda de visão periférica no início é muito sútil. Por isso, se houver quadros da doença na família, é necessário desde cedo fazer acompanhamento com especialista. Se não for tratado pode levar à cegueira irreversível”, alerta o oftalmologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Hélcio Júnior.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, aproximadamente 3% da população brasileira acima de 40 anos apresentam Glaucoma. Diabetes, miopia, lesões oculares e hereditariedade são as principais causas da doença. “Para tratar, normalmente são indicados colírios que regulam a pressão intraocular. Em casos mais avançados, pode ser necessário realizar cirurgia para tentar regular essa pressão”, explica o oftalmologista.

Há dois tipos de Glaucoma: de ângulo aberto e ângulo fechado. O primeiro é mais comum e não costuma apresentar sintomas, além da perda gradativa da visão. Já o de ângulo fechado são casos mais raros e graves, que precisam de emergência médica e vêm acompanhados de dores oculares, náuseas e distúrbios da visão.

Embora a incidência seja mais comum em adultos a partir dos 40 anos de idade, Dr. Hélcio lembra que a doença pode acometer pacientes mais jovens e até recém-nascidos. “Consulte um médico se sentir dores nos olhos, visão distorcida, aureolas de arco-íris ao redor das luzes, dor de cabeça, náusea ou vômito. É importante realizar exames laboratoriais ou de imagem para confirmar o Glaucoma”, recomenda.

karina.paletta@maquinacohnwolfe.com