HOME Vida e Saúde 13 milhões de brasileiros sofrem com alguma doença rara, segundo Interfarma

13 milhões de brasileiros sofrem com alguma doença rara, segundo Interfarma

Você provavelmente nunca ouviu falar da maioria dessas doenças, mas de acordo com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, 13 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de doença rara, a Mannosidose Alfa é uma delas. Causada por mutações genéticas no gene MAN2B1 que gera um acúmulo progressivo de compostos tóxicos nas células de muitos tecidos e órgãos, a doença genética tem como sintomas traços faciais irregulares e angulosos, deficiência intelectual, distúrbios progressivos da função motora e da fala, deficiência física e auditiva, imunodeficiência e infecções recorrentes. Os pacientes diagnosticados com a Mannosidose Alfa ainda podem apresentar sintomas psiquiátricos e anormalidades esqueléticas, o que compromete ainda mais a qualidade e expectativa de vida. A doença pode afetar uma cada 500.000 nascidos vivos e os primeiros sintomas começam a aparecer ainda na infância. O diagnóstico da Mannosidose Alfa pode ser feito por um teste genético e quanto mais cedo a doença for identificada, melhor pois dessa forma é possível definir a melhor linha de tratamento e evitar a rápida progressão dos sintomas. Embora não aja cura para ela, o gerenciamento dos efeitos é possível se quando feito de forma multidisciplinar. É necessário intervir e tratar as infecções, acompanhar o desenvolvimento da surdez com o otorrino e o desenvolvimento das alterações esqueléticas com fisioterapeutas e inclusive cirurgias ortopédicas. Para orientar o desenvolvimento social da criança, é necessário contar com a intervenção educacional precoce. O paciente com Mannosidose Alfa tem um prognóstico de vida complicado, apesar de contar com todo o gerenciamento necessário para se desenvolver, a qualidade de vida decai com a progressão dos sintomas e inevitavelmente eles se tornam totalmente dependentes, podendo inclusive fazer uso da cadeira de rodas. Esperança de tratamento

Atualmente, não existe um medicamento disponível para tratar a doença. No entanto, o Comitê de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia (CHMP) concedeu um parecer positivo recomendando a autorização da comercialização do Lamzede® (princípio ativo velmanase alfa), terapia de reposição enzimática usada para evitar a acumulação da toxina que causa os sintomas da doença, desenvolvido pela Chiesi.

O parecer positivo do CHMP para o medicamento órfão é uma das etapas finais antes da Comissão Europeia conceder a autorização de comercialização, que está prevista para o segundo trimestre de 2018. Aqui no Brasil, a submissão do medicamento para a aprovaão da Anvisa está prevista para 2019.

Para outras informações, visite www.chiesi.com.br

aline.burgueno@bm.com

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