Cegueira na vida adulta pode ter relação direta com o diabetes

Associe a correria do dia-a-dia à falta de tempo, some ao consumo excessivo de alimentos calóricos e à ausência de atividade física – essa é a combinação ideal para o aparecimento de doenças crônicas, como o diabetes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de diabéticos no mundo subiu de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014, sendo que apenas no Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas já sofrem com a doença, segundo o International Diabetes Foundation.

Embora muitos diabéticos estejam cientes de complicações como o pé diabético e as alterações na visão que o excesso de açúcar pode causar, essas sequelas ainda não são levadas tão a sério. De acordo com a pesquisa da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV) em parceria com a Bayer, quase metade dos brasileiros não sabem que a doença pode causar cegueira e 57% dos entrevistados que têm diabetes ou que têm familiares com a doença nunca ouviram falar sobre retinopatia diabética ou edema macular diabético.

Também conhecido como EMD, o edema macular diabético é uma complicação da retinopatia diabética (RD) e, assim como ela, é causada pelo descontrole de açúcar no sangue como resultado direto do diabetes. A doença provoca alterações nos vasos sanguíneos da retina e causa danos à visão. “No caso da EMD, as alterações são tão graves a ponto de ocorrer vazamentos de fluídos e proteínas dentro da mácula, região central da retina que é responsável por dar foco e nitidez às imagens”, explica o oftalmologista Dr. Arnaldo Bordon, representante da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

O fluído na região da mácula causa visão embaçada, distorção de imagens e alterações na visão de cores. Além disso, quando não detectado rapidamente, pode causar perda grave de visão ou levar à cegueira total. “A EMD é uma das razões mais frequentes de perda severa da visão na população diabética. São muito importantes o acompanhamento dos níveis de açúcar e a realização do exame de mapeamento de retina, contando com a avaliação tanto do endocrinologista como do oftalmologista. Esses são fatores essenciais para diagnosticar a doença precocemente” adverte Dr. Arnaldo.

Importante na detecção de problemas oculares no geral, o exame de mapeamento de retina – que estuda o fundo do olho – é essencial para diagnosticar a RD e a EMD. Infelizmente, quase 38% das pessoas que tem diabetes ou algum caso na família afirmaram na pesquisa da SBD que seus endocrinologistas nunca pediram o exame. Isso se torna especialmente preocupante, uma vez que metade dos entrevistados diagnosticados com problemas oftalmológicos em decorrência do diabetes receberam um diagnóstico tardio, quando os sintomas apresentados já eram graves.

Com os avanços científicos, tornou-se possível o desenvolvimento de terapias que tem como papel principal impedir a formação de vasos sanguíneos frágeis e reduzir o vazamento de líquidos na região da mácula, promovendo recuperação parcial ou total da visão já perdida. As opções terapêuticas atuais variam desde o uso de laser a injeções intraoculares de medicamentos antiangiogênicos, implantes de corticosteroides ou procedimentos cirúrgicos em casos específicos. Eylia® é o antiangiogênico da Bayer criado especificamente para prolongar a duração da ação dentro do olho, o que possibilita o espaçamento entre as aplicações e extensão do tratamento de acordo com os resultados obtidos.

Para prevenir que o diabetes se desenvolva a ponto de afetar a qualidade da visão do paciente, seguir uma alimentação equilibrada e realizar exames regularmente são essenciais para manter os níveis de açúcar aceitáveis e controlados. Além disso, para ter uma vida saudável e evitar o surgimento do diabetes tipo 2 é necessário combater o sedentarismo e manter o corpo sempre ativo e o nível de gordura corporal mais baixo. O recomendando pela OMS são 150 minutos de exercícios durante a semana para os adultos, o que ajuda, também, a combater a obesidade. Para mais informações, acesse www.bayer.com.br.

larissa.gomes@bm.com