Professor de cerâmica da Universidade de Montana (EUA) ministra oficina gratuita no Memorial de Curitiba

O Memorial de Curitiba recebe, no dia 04 de fevereiro, uma oficina gratuita e aberta ao público ministrada pelo ceramista de trajetória internacional Joshua DeWeese (EUA).  A oficina faz parte da programação da Bienal de Curitiba e complementa a obra “Questão de Tempo (afeição, aflição)” – título original “Matter of Time (affection, affliction)”, de autoria do artista norte-americano Jeremy Hatch, que se baseia no uso das propriedades físicas e psicológicas da porcelana como meio de explorar temas de memória, relacionamentos, nostalgia e fracasso. Joshua DeWeese será acompanhado ainda por um grupo de cinco ceramistas também dos Estados Unidos, que auxiliarão a promover trocas de experiências e conhecimentos com os participantes.

A proposta para esta oficina é convidar o público a completar a obra de Jeremy Hatch: a partir de uma biblioteca de moldes de gesso, os participantes são ensinados a moldar um cadeado em porcelana líquida que, mais tarde, será anexado a algum local (cerca, grade, elo de corrente). Os participantes produzirão sua própria fechadura especial, representando uma prática comum realizada em pontes e pontos turísticos de todo o mundo. Através da utilização da porcelana como matéria prima, a oficina revitaliza a importância e impacto da porcelana para além do seu uso comum e cotidiano.

A obra de Hatch integra a curadoria de Dannys Montes de Oca (Cuba) e Royce W. Smith (EUA) no Memorial de Curitiba (2º andar) na Sala Paraná. O artista esteve presente na montagem da Bienal e realizou esta oficina pela primeira vez no dia 01 de outubro de 2017, inaugurando sua obra na abertura das exposições do Memorial. Para este ano, como uma maneira de permitir que mais participantes contribuam com o legado da obra de Jeremy, a Bienal promove esta nova oficina, convidando o renomado professor Joshua DeWeese e seus assistentes no dia 04 de fevereiro, às 11h da manhã no segundo andar do Memorial de Curitiba. Além de ser atuante no processo, o público também aprende a lidar com o material utilizado pelo artista. A ideia é que na conclusão da oficina os cadeados sirvam como um registro permanente do evento.

O artista fala sobre:

“Ao longo da última década, o ritual de anexar ‘cadeados de amor’ às pontes públicas, cercas, portões e outras estruturas urbanas tornou-se um fenômeno internacional. Meu interesse reside nas contradições contidas neste gesto romântico aparentemente inofensivo. O costume também pode ser visto como uma forma de vandalismo destrutivo. Assim como partes de pontes históricas estão desmoronando sob o peso de cadeados acumulados, minha réplica de porcelana corre o risco de um destino semelhante. Em vez de se esforçar para manter uma sensação de segurança, ela adota o potencial de falha e a percepção de que a vulnerabilidade é fundamental “, afirma Jeremy Hatch.

Sobre a Bienal de Curitiba

A Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba ocorre há 25 anos na cidade de Curitiba e é reconhecida como o maior evento de arte contemporânea da América do Sul e um dos principais eventos de arte do circuito mundial. A edição atual conta com a participação de 435 artistas de 43 países dos cinco continentes, sendo a China o país homenageado. A edição de 2015 recebeu um público de aproximadamente um milhão de visitantes, ocupando mais de cem espaços pela cidade.

A Bienal de Curitiba é uma realização do Ministério da Cultura do Governo Federal, Secretaria de Estado da Cultura do Paraná e Fundação Cultural de Curitiba/Prefeitura Municipal de Curitiba. Patrocínio: Copel, Fomento Paraná, Sanepar, Elejor, Huawei, Horizons, Eletrobras Furnas, Velsis, Rumo, Itaipu. Apoio: Universidade Estatal de Montana (EUA).

Serviço:

Local: Memorial de Curitiba – Segundo andar

Data: 04 de fevereiro de 2017

Horário: 11h

Evento gratuito, sem necessidade de inscrição