Varejo apresenta crescimento de 1,3% em janeiro

Medido pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o crescimento reflete o desempenho do comércio varejista em relação a janeiro de 2017

Seguindo a tendência registrada desde o terceiro trimestre do ano passado, o varejo brasileiro continua se recuperando. Em janeiro, o desempenho do mercado teve alta de 1,3%, na comparação com o mesmo período de 2017, descontando a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado. Em termos nominais, que reflete o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o indicador reforça a retomada: alta de 2,6% em janeiro na comparação com o ano anterior. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado nesta sexta-feira (16).

Vale destacar ainda que o desempenho total do mês foi prejudicado pelo calendário, principalmente pelo feriado de confraternização universal caindo em uma segunda-feira, enquanto que em 2017 o dia 1º de janeiro foi no domingo – tradicionalmente o dia da semana de menor movimento do varejo.

Ajustados aos impactos de calendário, o índice deflacionado apontaria alta de 1,9%, leve aceleração em relação ao observado no mês de dezembro (1,7%). Pelo ICVA nominal, com os ajustes de calendário, o indicador apontaria alta de 3,2% em comparação com o mesmo período de 2017. “Se observarmos o desempenho do varejo nos últimos meses, notamos de fato uma trajetória de recuperação do ritmo de crescimento”, afirma Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo.

Inflação no período

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em janeiro pelo IBGE apontou alta de 2,86% no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto dezembro registrou 2,95%. Essa desaceleração, assim como aconteceu nos últimos três meses, foi puxada principalmente pelos preços dos itens do setor de Habitação – que não impactam diretamente o comércio varejista.

Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em janeiro ficou em 1,3%, registrando aceleração em relação a dezembro (0,9%). No caso da inflação do varejo, o item que mais contribuiu para a aceleração foi novamente combustíveis para veículos.

 

Setores

Os resultados foram puxados pelo crescimento na comparação ano contra ano dos macros setores de Bens Não Duráveis e Serviços, enquanto o de Bens duráveis e semiduráveis ficou praticamente estável. Os setores de destaque foram os de Supermercados e Hipermercados, Turismo e Transporte e o de Drogarias e Farmácias. No mesmo período de análise, a retração de maior relevância ficou por conta dos Postos de Gasolina, seguindo os resultados registrados nos últimos meses.

Na passagem entre dezembro de 2017 e janeiro 2018, as maiores acelerações foram em Supermercados e Hipermercados e Vestuário e Artigos Esportivos.  Já as maiores desacelerações ficaram nos setores de Recreação e Lazer e Móveis, Eletroeletrônicos e Lojas de Departamento.

Regiões

Já em relação às regiões, nesta mesma base de comparação (dezembro de 2017 e janeiro de 2018), os destaques foram para Norte, Nordeste e Centro-Oeste que aceleraram no varejo.

Pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, comparando com o mesmo período do ano anterior, o varejo ampliado no Norte registrou alta de 5,7%. Já ambas as regiões Sul e Nordeste registraram alta de 2,6%, enquanto que Sudeste e Centro-Oeste registraram alta de 0,7 % e 0,6%, respectivamente.

Já pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – o destaque também foi a região Norte, que registrou alta de 5,7%. As regiões Sul e Nordeste, registraram altas de 4,0% e 3,7%, respectivamente. Por fim, a região Sudeste apresentou alta de 2,0% e a região Centro-Oeste registrou 1,8%.