Abimaq prevê crescimento de 5% a 10% para 2018

Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos acredita que este ano encerrará um ciclo de cinco anos de queda consecutiva nas vendas
 
Na passagem de dezembro para janeiro, o faturamento do setor de máquinas e equipamentos caiu 19,1%. Essa queda é justificada pela redução nas vendas para o mercado interno de -24,4%.  Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira, 28, pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que apesar dos dados negativos em alguns indicadores, a previsão é de crescimento de 5 a 10% em 2018. A perspectiva é de uma recuperação da economia, encerrando um ciclo de cinco anos de queda consecutiva nas vendas.
 
Em um clima mais otimista, desde o início deste ano, a Abimaq comemora, entre outros indicadores positivos o crescimento nas importações. O saldo foi de 17,1% comparado com o mês anterior (janeiro/2018) com crescimento em todos os segmentos importadores de bens de capital. Até mesmo em relação a janeiro do ano anterior as importações também apresentaram crescimento que foi de 10,5%.
 
No balanço divulgado, o setor fez uma previsão positiva das exportações, que devem passar de US$ 10 bilhões neste ano. Esses dados, além de significarem um aumento de mais de US$ 1 bilhão, em relação a 2017, demonstram a qualidade dos destinos, uma vez que países como Estados Unidos e os da Europa representam metade dos embarques dessa indústria.
 
Quanto aos investimentos pelo consumo aparente, a queda em janeiro foi de 0,9% quando comparada com o mês anterior. Apesar da queda de ponta, há indício de que a redução dos investimentos tenha chegado ao fim. No entanto, estes dados poderão ser confirmados com mais consistência a partir de março, devido à sazonalidade dos primeiros meses do ano.
 
Para a diretoria da Abimaq, a expectativa de melhora nos investimentos para este ano já pode ser observada com o espaço vendido em grandes feiras internacionais do setor como a Feimec (de 24 a 28 de abril) e a Agrishow (de 30 de abril a 4 de maio). No entanto, um dos indicativos que prejudica o setor para uma retomada mais rápida do crescimento é a cotação do dólar, que oscila ao redor de R$3,25, ainda longe de um câmbio competitivo estimado em R$/US$3,90.