HOME Vida e Saúde Asma interna duas vezes mais pacientes do que as demais doenças

Asma interna duas vezes mais pacientes do que as demais doenças

Embora seja uma doença inflamatória crônica que atinge mais de 6 milhões de brasileiros adultos e responsável por mais de 120 mil internações anuais no Sistema Único de Saúde (SUS)¹, o tratamento correto da asma não é seguido pela maioria dos pacientes. É o que mostra o resultado do projeto “Respira: impacto da asma sobre a qualidade de vida de pacientes adultos e sobre o uso de recursos da saúde no Brasil”, que traça um panorama sobre o tratamento da asma no país².

O estudo aponta que, apesar de 61,9% dos pacientes tomarem medicamentos para a asma, apenas 32,4% foram considerados totalmente aderentes ao tratamento, sendo que a classe de medicamentos mais utilizada é dos broncodilatadores de curta duração, com 38,5% dos pacientes. Entre os pesquisados, 51,2% estão com a asma não controlada, 36,4% estão com a doença parcialmente controlada, e 12,3% são totalmente controlados.

Para a diretora médica associada da área de respiratória da AstraZeneca Brasil, Dra. Angela Honda, os dados encontrados refletem resultados preocupantes. “No Brasil, são poucos os estudos que analisaram o impacto da asma na qualidade de vida dos pacientes e no uso de recursos de saúde, o que dificulta a definição de políticas de saúde pública eficientes para o tratamento da doença” explica a especialista. “No estudo, pudemos perceber que pacientes asmáticos são, em média, hospitalizados duas vezes mais do que os não asmáticos. O mesmo vale para as visitas de emergência, o que mostra o grande impacto da asma na qualidade de vida e nos sistemas de saúde” complementa o gerente médico da AstraZeneca Brasil, Dr. Márcio Penha.

 O estudo também mostrou que a asma mal controlada está associada com baixa qualidade de vida do paciente e impacta diretamente em suas atividades diárias.  “Pacientes asmáticos sofrem perda de produtividade no trabalho e em diversas outras atividades do dia a dia, o que faz da doença uma das mais caras ao sistema de saúde. Isso ocorre devido à grande utilização de recursos destinados aos cuidados desses pacientes” destaca o Dr. Márcio Penha.  As internações por conta de complicações da asma custaram R$552 milhões ao SUS no período de 2008 a 2013³, e embora tenha havido uma redução de 10% do total de óbitos de 2008 para 2013, aproximadamente 5 pacientes morrem de asma diariamente no Brasil segundo dados do DATASUS.

“A baixa adesão ao tratamento da asma é uma realidade no Brasil. Diversos estudos confirmam que, quando os sintomas pioram, a maioria dos pacientes aumenta o uso de broncodilatadores em vez de utilizar a medicação de controle que requer administração diária. No caso da asma, o tratamento crônico é essencial, pois a inflamação dos brônquios é constante. Nesse caso, identificar o paciente e fazer o diagnóstico correto é fundamental para a definição do melhor tipo de tratamento” finaliza Angela.

O estudo “Respira: Impacto da asma sobre a qualidade de vida de pacientes adultos e sobre o uso de recursos da saúde no Brasil” teve dados extraídos da National Health and Wellness Survey (NHWS), um estudo transversal incluindo 12.000 indivíduos da população brasileira realizado em 2015. O NHWS tem sua amostragem estratificada por gênero e idade, com posterior correção para evitar vieses de seleção de status socioeconômico.

Referências:

  1. Ministério da Saúde MS, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). 2015; Disponível em:http://www.pns.icict.fiocruz.br/.
  2. Estudo “Respira: impacto da asma sobre a qualidade de vida de pacientes adultos e sobre o uso de recursos da saúde no Brasil” com dados extraídos da National Health and Wellness Survey (NHWS) de 2015, um estudo transversal com 12.000 indivíduos da população brasileira, O NHWS tem sua amostragem estratificada por gênero e idade, com posterior correção para evitar vieses de seleção de status socioeconômico. Entre o total de 11.981 entrevistados incluídos neste estudo, 4.1% (n = 494) relataram ter um diagnóstico de asma; os restantes 95,9% (n = 11,487) dos entrevistados compreendiam o grupo de controle não-asmático. Os questionários SF36v2, Teste de Controle da Asma (ACT) e Work Productivity and Activity Impairment General Health (WPAI-GH) foram utilizados para a avaliação da QVRS, do controle de asma e da produtividade laborativa, respectivamente. A escala de Morisky, Green e Levine foi utilizada para avaliar adesão ao tratamento.
  3. Jornal Brasileiro de Pneumologia: Impacto da asma no Brasil: análise longitudinal de dados extraídos de um banco de dados governamental brasileiro.2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v43n3/pt_1806-3713-jbpneu-43-03-00163.pdf. Valores foram convertidos em reais (R$) com base na taxa de câmbio do dólar norte-americano (USD) em 09/01/18: R$ 3,252.

Para mais informações acesse: www.astrazeneca.com

aline.dumelle@bm.com

Sair da versão mobile