Páscoa: CRMV-SP alerta sobre o perigo do chocolate para os pets

Na Páscoa, os tutores devem ter um cuidado a mais com seus animais de estimação. A ingestão de chocolates por cães e gatos, seja de forma intencional ou acidental, pode causar desde uma intoxicação alimentar até complicações mais graves de saúde que podem, inclusive, evoluir a óbito.

É importante lembrar que o organismo de cães e gatos é diferente do nosso, conforme explica o médico-veterinário Yves Miceli de Carvalho, presidente da Comissão de Nutrição Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP). “O cacau possui uma substância chamada teobromina. Cães e gatos apresentam uma capacidade reduzida, se comparado aos humanos, de digerir essa substância, por isso ela se torna tóxica para eles.”

Os distúrbios gastrointestinais, de acordo com o médico-veterinário, são os problemas mais frequentes decorrentes da ingestão de alimentos que não são próprios para os animais, como o chocolate. “A gravidade do quadro clínico varia de acordo com a quantidade ingerida, a idade, a espécie e o estado de saúde do animal”, observa Carvalho.

Efeitos da intoxicação

A médica-veterinária Rosangela Ribeiro Gebara, integrante da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV-SP, comenta que após a ingestão do chocolate o animal pode apresentar aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e da micção (eliminação de urina, que pode contribuir para a desidratação do pet), além de agitação e tremores.

De acordo com Carvalho, elevação da temperatura corporal, vômitos e diarreias também estão entre os sintomas. Segundo o médico-veterinário, apesar dos casos letais serem raros, existe alta incidência de distúrbios gastrointestinais, especialmente em animais de pequeno porte e mais jovens, devido à quantidade de toxina em relação ao peso do cão ou gato. “Fases posteriores ao envenenamento por teobromina incluem ataques epiléticos e morte.”

Além dos riscos citados, o chocolate pode acarretar em outros males ao organismo do animal, como obesidade, diabetes, entre outras complicações.

Ingestão acidental deve ser tratada como emergência

Se o seu cão ou gato ingerir chocolate que possa ter sido deixado em local de fácil acesso, o caso deve ser tratado como emergência e um médico-veterinário deve ser procurado imediatamente. O profissional fará uma avaliação clínica e dará os primeiros socorros.

O presidente da Comissão Técnica de Nutrição Animal do CRMV-SP, Yves Miceli de Carvalho, esclarece que os tutores não devem oferecer leite na intenção de cortar o efeito da intoxicação. “Trata-se de um mito e é possível que o leite até potencialize e aumente a ação do tóxico no organismo.”

Prevenir é sempre o melhor remédio

É importante ficar atento e não deixar ovos de Páscoa, bombons e outros produtos que contenham chocolate em locais acessíveis a cães e gatos. “Eles podem se sentir atraídos pelo odor ou pela própria embalagem e pegarem o doce às escondidas” alerta Carvalho. Por isso, todas as pessoas que têm contato com o animal, incluindo crianças e idosos, devem ser alertados sobre os riscos e perigos do chocolate para o pet.

Se a ideia do tutor é agradar seu animal de estimação, o indicado é oferecer a ele petiscos elaborados com ingredientes próprios para sua espécie, raça, peso e idade.

Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, com mais de 33 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas. (crmvsp.gov.br)

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