Mitos e Verdades sobre a Meningite

A Meningite Meningocóccica é uma infecção bacteriana séria que pode causar sequelas e até mesmo levar a óbito.1 Por isso, é importante conhecer a doença e saber como se prevenir. Confira abaixo alguns mitos e verdades, com esclarecimentos do Dr. Celso Freitas, infectologista e Gerente Médico de Vacinas da GSK Brasil.

– Qualquer pessoa, em qualquer faixa etária, tem a possibilidade de desenvolver a doença meningocócica. VERDADE

“A Doença Meningocócica (DM) pode acometer indivíduos em qualquer faixa etária, porém a doença é mais comum em bebês, crianças até cinco anos, e mais rara em idosos.”2,5

– A meningite meningocóccica é transmitida de pessoa para pessoa, através de secreções respiratórias. VERDADE

“Os meningococos, bactérias que causam a doença meningocócica, podem ser transmitidos de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas respiratórias através de tosse, espirro, beijo, beber no mesmo copo ou comer com talheres de outra pessoa.Aproximadamente 10% das pessoas, principalmente adolescentes e adultos jovens, possuem a bactéria na garganta ou nariz sem desenvolver a doença – são chamados de portadores assintomáticos.”2

– Após a exposição à bactéria (meningococo), as manifestações iniciais da doença demoram para se desenvolver. MITO

“A doença caracteriza-se por possuir um início abrupto e evolução rápida, podendo levar ao óbito entre 24 e 48 horas.2 O período médio de incubação da infecção pelo meningococo é de 4 dias, com um intervalo de 2 a 10 dias.1 Geralmente ela se manifesta como meningite, que é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Uma outra forma mais grave da doença é uma infecção do sangue, chamada de meningococcemia.1,2 Ambas podem ocorrer concomitantemente.”3

– Os primeiros sintomas da doença são coceira e diarreia. MITO

“Os sinais e sintomas iniciais da doença meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas.2,4 Na sequência, o paciente pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.2,4 Após 15 horas, o quadro clínico geralmente evolui para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de morte.2,4

– A meningite meningocóccica pode deixar sequelas ou levar à óbito. VERDADE

“Mesmo quando a doença é detectada precocemente e tratada de maneira adequada, de 10% a 20% dos indivíduos acometidos sofrem com danos cerebrais, perda auditiva ou dificuldade de aprendizado.A doença pode ainda ser fatal. Estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos.O desafio maior é o diagnóstico precoce, já que os sintomas são inespecíficos como os de uma virose.”3,4

– Uma das principais formas de prevenção é a vacinação. VERDADE

“A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção da doença6. Outras formas de prevenção são evitar aglomerações, e manter os ambientes ventilados e limpos.6 É possível minimizar o risco de aquisição da doença através dessas medidas preventivas, para mais esclarecimentos o médico deve ser consultado.”

 

Referências:

  1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal Meningitis Factsheet N°141. 2012. Disponível em:<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs141/en/>. Acesso em 19 mar. 2018.
  2. CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em:<http://www.cives.ufrj.br/informacao/dm/dm-iv.html>. Acesso em 20 mar. 2018.
  3. PARANÁ. Secretaria de saúde. Doença meningocócica – CID10 A39: doenças infecciosas e parasitárias. Disponível em:<http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=517>. Acesso em: 17 mar. 2017.
  4. THOMPSON MJ, et al. Clinical recognition of meningococcal disease in children and adolescents. Lancet. 2006;367(9508):397-403.
  5. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “SOROGRUPO” para Linha, “FAIXA ETÁRIA” para coluna, “CASOS CONFIRMADOS” para Conteúdo, “2017” para períodos disponíveis, “MM”, “MCC” e “MM+MCC” para etiologia, e “TODAS AS CATEGORIAS” para os demais itens. Base de dados disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def>. Acesso em: 29 mar. 2018.
  6. BRASIL. Ministério da Saúde. Meningites (Saúde de A a Z). Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites>. Acesso em: 11 abr. 2018
Para mais informações, visite http://www.gsk.com.br
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