A médica lembra que uma característica é marcante para identificar essas veias “exóticas”: “São veias feias, em locais onde não esperamos ter veias aparentes. Dependendo do local onde elas aparecem podemos investigar causas, mas na maioria das vezes são apenas de caráter estético”, explica.
Fatores hormonais, gravidez, o uso de pílula anticoncepcional, a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo também contribuem para a formação de varizes exóticas, mas, na maioria dos casos, esse é um problema apenas estético e o paciente não sente dor. “Diferentemente das pernas, região em que a alteração pode sinalizar a existência de um problema maior, nessas regiões isso é mais raro. Mas ainda assim é preciso procurar um cirurgião vascular para fazer uma avaliação e um tratamento”, destaca. A médica enfatiza que veias dilatadas nos seios podem aparecer após a colocação de prótese de silicone; já vasos no rosto, costas e no colo tem relação com exposição solar, fatores genéticos, uso de ácidos e hormônio anticoncepcional. “Já as veias que aparecem no bumbum e na vulva devem ser investigadas, pois podem estar relacionadas a varizes pélvicas (varizes ao redor do útero). Veias inestéticas nas mãos e braços podem estar relacionadas ao próprio envelhecimento e são mais presentes em pessoas que realizam muita atividade física”, diz.
A orientação médica especializada é importante para identificar o tipo de variz em questão, que será analisada conforme o calibre (o das microvarizes é um pouco maior e varia entre um e três milímetros) e a cor quando se aproxima do azul ou azul-esverdeada. “Esse tom azulado é característico das varizes com mais de três milímetros de diâmetro. Essas podem causar alguns sintomas e evoluir para complicações maiores caso o tratamento não seja feito”.
Mesmo que, após avaliação do cirurgião vascular, seja constatado que o problema é somente de caráter estético, existem diversos tratamentos que podem corrigir essa alteração: “Escleroterapia (substância química injetada dentro da veia), uso de lasers e radiofrequências, espuma densa ou procedimentos que combinem as técnicas são excelentes opções”, explica. Cirurgias também podem ser indicadas, a depender do caso, finaliza a médica.
FONTE: Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e do American College of Phlebology. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. http://www.alinelamaita.com.
(maria.claudia