Auditores da Receita Federal do Brasil participaram de um debate, na manhã desta terça-feira (26), no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), em Florianópolis, para apresentar o panorama e os fluxos do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
A implantação do eSocial, além de obrigatória, tem se mostrado complexa, exigindo um alto nível de dedicação e conhecimento por parte dos profissionais envolvidos. “Como sabemos que ainda restam dúvidas, o CRCSC fará o possível para auxiliar contadores, empresários e demais interessados nessa adaptação ao sistema”, disse o Presidente do Conselho, Marcello Seemann, na abertura do evento.
Seemann lembrou ainda que em abril, a cartilha “O que é o eSocial e por onde começar?”, foi lançada em parceria com a Fecomércio/SC. “Essa cartilha contém dicas e mostra exatamente onde o contador se insere no programa, além de alertar sobre os pontos críticos dele”.
Segundo o palestrante Altermir Linhares, auditor fiscal da Receita Federal, o eSocial faz parte da agenda de simplificação tributária, atendendo as demandas de governo e sociedade.
Já o auditor fiscal Eduardo Tanaka reforça que o sistema vai facilitar a vida dos contadores. “O eSocial vai concentrar as informações e facilitar a vida do profissional contábil. Mas, no primeiro momento, ele vai dar um bom trabalho até inserirmos todas as tabelas e dados no programa, o que será feito apenas uma vez. E, para maior assertividade neste trabalho, precisamos aprender a ler leiautes”, frisou.
O auditor da Receita Federal, Samuel Kruger, falou sobre o novo desafio para o SPED. “O sistema de importação e exportação ainda está em implantação. Os órgãos que intervêm estão, aos poucos, se integrando neste novo ambiente, que deverá ser implantado até fim do ano. Mas, mesmo sem a implementação total, já reduzimos 30% do trabalho de comércio exterior com o sistema.”, afirmou.
O prazo para empresas de qualquer tamanho aderirem ao eSocial termina em 1º de julho. No entanto, entidades de diversos setores, como dos contadores, indústria e comércio, solicitaram à Receita Federal que esse calendário seja adiado para empresas com faturamento anual de até 4,8 milhões de reais, enquadradas no Simples Nacional.