Pedras na Vesícula

Sensação frequente de desconforto no lado direito do abdômen, parecida com cólicas, ou então na “boca” do estômago, e nas costas, podem indicar um problema de saúde bastante comum – as temidas pedras na vesícula, doença também denominada de colelitíase.

As dores surgem em geral após as refeições, geralmente associadas à sensação de estufamento, enjoos e má-digestão. “Os sintomas são muito semelhantes aos de uma gastrite, porém a dor geralmente é mais intensa e dura em média de 30 minutos à uma hora. Durante as crises, o paciente pode apresentar náuseas, vômitos e sudorese” , explica o Cirurgião Geral do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Eduardo Ramos.

Segundo o cirurgião, a dor ocorre no momento da contração da vesícula para expelir a bile pelas vias biliares e a presença de pedras obstrui parcial ou totalmente esse canal. “Quando a vesícula relaxa, seja sozinha ou devido às medicações para dor, a pedra pode retornar para o interior da vesícula, desobstruindo a via de saída”, melhorando a dor diz Dr. Eduardo. Assim, é comum o paciente dizer que tem “dor no estômago”, com períodos de melhora e de piora.  No entanto, a doença também pode ser assintomática. “Em alguns casos, a pedra pode ficar alojada somente dentro da vesícula não gerando incômodos”, diz o médico.

A maioria dos cálculos são formados de colesterol, podendo também ser encontrado sais de bilirrubina e cálcio. Porém, o motivo da formação das pedras, segundo o cirurgião geral ainda não é esclarecido.  Dentre os fatores de risco associado à pedra na vesícula, é mais frequente em mulheres com mais de 40 anos, em obesos, com histórico familiar, gravidez, uso de anticoncepcional, rápida perda de peso, entre outros. De acordo com o médico, não existem recomendações para evitar o aparecimento de pedras, exceto manter-se com o peso ideal e com alimentação saldável.

 

Diagnóstico

O diagnóstico na maioria das vezes é feito através de exames de rotina, como a ecografia, ou durante as crises de dor. “As alterações de exame de sangue sugeremquando há complicações, como inflamação da vesícula biliar, ou do pâncreas. , diz Dr. Eduardo. Segundo o especialista a ecografia é o melhor e mais utilizado método para o diagnóstico. O ideal é estar em jejum de 8 horas para realizá-lo, pois com o jejum a vesícula fica mais distendida, facilitando a sua visualização”, explica. Cálculos menores do que 3 mm podem não ser visualizados. Entretanto, caso o paciente apresente sintomas típicos de cólica biliar, o médico orienta que é prudente repetir a ecografia em 3 meses.

 

Tratamento

A cirurgia é procedimento padrão no tratamento de pacientes que apresentam sintomas de cálculos biliares, e consiste na retirada de vesícula biliar, a colecistectomia, que é preferencialmente realizada por laparoscopia. A idade do paciente, histórico de doenças,quantidade e o tamanho dos cálculos também são fatores importantes na hora da decisão entre cirurgia e observação. “Os pacientes com colelitíase podem prevenir os sintomas evitando comida gordurosa e realizando atividades físicas”, acrescenta Dr. Eduardo.

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