Tensão entre USA e China pode beneficiar o Brasil, diz Abimaq

Medidas das tarifas de importação contra produtos chineses impostas pelo país americano poderão levar novos investidores para o Brasil

Imagem da coletiva de imprensaAs recentes medidas dos Estados Unidos contra a China em relação à questão das tarifas de importação contra produtos chineses e restrições de investimento poderão beneficiar o Brasil, segundo a Abimaq – Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos. O presidente da instituição, João Carlos Marchesan, em entrevista coletiva sobre os indicadores conjunturais de maio de 2018, na tarde desta terça-feira (26), destacou que se o Brasil tiver mais segurança jurídica, marco regulatório melhor e um ambiente de negócios de perspectivas, o país não terá apenas a China e os Estados Unidos como investidores, e sim muitos países do mundo investindo no Brasil e os próprios brasileiros, que hoje estão reticentes, aguardando um bom momento, deverão voltar a investir também.

Na visão da Abimaq, o Brasil precisa para 2019, um presidente que foque em uma política de Estado e não uma política de Governo. “Teremos muito mais investidores se o Brasil adotar uma política que foque no desenvolvimento e na próxima geração. A Abimaq entende que só o investimento de hoje levará ao crescimento de amanhã e para isso deve-se começar pela infraestrutura”, destacou Marchesan.

Sobre os indicadores econômicos de maio, para a Abimaq as quedas nas exportações não passam de um fator sazonal devido à greve dos caminhoneiros, que impactou o setor registrando uma queda de 39,7% em relação ao mês de abril de 2018 e de 26,4% quanto ao mesmo mês de 2017. A expectativa é de que esta forte queda seja parcialmente compensada pela recuperação nos embarques no mês de junho.

Outro fator positivo que favorece as exportações do setor é a alta do dólar, que trará como consequência o despertar da demanda interna. Além disso, explicou o presidente, o atual patamar do dólar beneficia também o setor agropecuário que comprou adubos, fertilizantes e defensivos, antes do início da disparada do dólar.