Ainda considerada tabu, reposição hormonal também é indicada para homens

Quem acha que reposição hormonal é assunto só para as mulheres está enganado. Os homens também têm indicação para esse tipo de tratamento, e embora seja um tema ainda considerado tabu, é importante ficar atento aos principais sinais que podem sugerir a reposição hormonal masculina.

Camila Luhm, endocrinologista da Neoclinical e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explicou que a reposição está indicada para todos aqueles que apresentem sintomas e níveis reduzidos de testosterona (principal hormônio masculino) no sangue.

“Os principais sintomas que podem sugerir a reposição hormonal masculina são: declínio do interesse sexual; dificuldades para ereção; falta de concentração e capacidade de raciocínio; perda de pelos; ganho de peso à custa de gordura; diminuição de massa e força muscular; irritabilidade e insônia”, listou a especialista.

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Com o passar da idade há uma queda gradual da produção de testosterona.

Essa deficiência na produção de testosterona pode ser decorrente de doenças genéticas, tumores, exposição à radiação, infecções ou cirurgias, comprometendo diretamente os testículos, ou afetando as áreas do cérebro (hipotálamo e hipófise) que controlam os testículos. De acordo com Camila, além dessas doenças existe uma queda gradual da produção de testosterona com o passar da idade. Em geral, a partir dos 40 anos, há um decréscimo do principal hormônio sexual masculino de cerca de 1% ao ano (chamado por alguns de andropausa).

“Vale lembrar que, diferente da menopausa que ocorre nas mulheres, nem todos os homens vão ter essa queda hormonal ou sintomas clínicos decorrentes desta redução na produção hormonal”, acrescenta.

Aproximadamente 20 a 25% dos homens acima dos 60 anos vão apresentar sintomas da falta de testosterona e precisarão de alguma forma de tratamento.

Saúde sexual e bem-estar
Mas é importante ficar atento e não generalizar os sintomas. De acordo com a especialista, os sinais citados anteriormente nem sempre estão associados à disfunção hormonal. Outro ponto é que há grande variação nos níveis hormonais entre homens saudáveis, assim sendo, nem todos vão apresentar sintomas na mesma intensidade.

“Além da esfera sexual e do bem-estar físico e emocional, o declínio de testosterona pode afetar outras áreas da saúde, com aumento do risco cardiovascular e osteoporose. Para confirmar o diagnóstico e indicar tratamento, é necessário que o paciente comprove a queda na taxa de hormônios, através de exames laboratoriais, com acompanhamento médico”, orienta Camila.

Contraindicação para reposição
Caso haja suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama masculina, a reposição hormonal masculina é contraindicada. Outros casos que merecem atenção são pacientes com apneia do sono grave, com aumento do número de glóbulos vermelhos no sangue e com hiperplasia (aumento) da próstata.

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Manter um estilo de vida saudável ajuda a retardar a reposição hormonal.

Aposte num estilo de vida saudável!
Investir num estilo de vida saudável é fundamental para adiar cada vez mais o tratamento. “Manter a prática de exercícios regulares, não fumar e não abusar das bebidas alcoólicas, além de ter uma boa qualidade de sono, ajuda a retardar a reposição hormonal. Além disso, é importante sempre cuidar da alimentação, reduzindo o consumo de sal e de alimentos gordurosos, e investindo em frutas, verduras e legumes”, esclarece a endócrino.

Como é feita a reposição?
A reposição pode ser feita de várias maneiras, e a forma mais frequente é por meio de injeções intramusculares. Pode ser usada também através de gel ou adesivo transdérmico e mesmo via oral, mas esta última opção é a menos recomendada.

Sobre Camila Luhm
Camila Luhm é graduada em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR), com residência em Clínica Médica pelo Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná (UFPR) e residência em Endocrinologia pelo Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e possui título de especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Também é membro da Sociedade Latino-Americana de Tireoide (LATS).

Serviço:

Dra. Camila Luhm – Neoclinical

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