Após 18 anos, cofres privados voltam a ser comercializados em São Paulo

Após 18 anos, cofres privados voltam a ser comercializados em São PauloO hábito de guardar pertences embaixo do colchão ou possuir cofres em residências parece raro e antiquado, mas se tornou mais comum do que imagina. Há 18 anos, os paulistanos tinham um lugar reservado para proteger bens com valores sentimentais, joias, obras de arte e documentos. Eram 60 mil cofres localizados em bancos, que requeriam dos paulistanos dois anos e meio de fila de espera, e começaram a ser extintos nos anos 2000.

Pensando nisso, com capital e know-how estrangeiro a SEKURO, única empresa brasileira de cofres privados, traz de volta as caixas de segurança privada. “Pensamos em trazer de fora o modelo que já existiu no Brasil e ainda é sucesso no exterior. O objetivo é resgatar em São Paulo aquele lugar especial e trazer segurança para as recordações com valores incalculáveis“, explica Daniel Aveiro, Diretor de Operações da SEKURO.

A empresa está localizada no 5º andar de um prédio na Berrini (SP), o local é uma espécie de “Bunker” nas alturas, um labirinto formado por paredes e painéis blindados que foram importados da Suécia e certificados nos Estados Unidos, rigoroso controle de acesso baseado em tecnologia japonesa, barreiras físicas, tecnológicas e monitoramento 24h. São oferecidas três opções de caixas: pequena (10x15x50cm), média (10x30x50cm) e grande (20x30x50cm), com valores a partir de R$ 360 por mês.

Foram quatro anos de desenvolvimento do projeto e a SEKURO contou com aportes financeiros de investidores estrangeiros para desenvolver o máximo de segurança, com premissas internacionais, sem procedente no Brasil. O plano de expansão prevê investimento de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos e chegará a cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, e levar aos brasileiros a solução para guardar e proteger seus pertences de valor financeiro ou sentimental.

Segundo dados de 2017 da Secretária da Segurança Pública (SSP), São Paulo tem um lar roubado por hora e maior número de ataques de residências em três anos. Para Aveiro, ter um cofre na residência expõe a integridade da família e aumenta o risco de assaltos. “Se analisarmos o cenário após o desaparecimento das caixas de segurança em bancos, a violência nos lares aumentou. Os assaltantes sabem que todas elas possuem algo valioso e isso acabou se tornando uma isca.”, finaliza o Diretor de Operações.

(rafael.martins@misasi.com.br)