CASO: Tatiane Spitzner

Família repudia pedido de sigilo de vídeos feito pelo suspeito

Na tarde de ontem, 31 de julho, o marido da advogada Tatiane Spitzner, Luis Felipe Manvailer, foi indiciado pela Polícia pela prática do crime de homicídio qualificado por violência doméstica contra mulher, com motivo torpe e uso de meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima.

Em entrevista coletiva sobre o indiciamento, Bruno Miranda Maciozek, delegado responsável pelo caso, comentou a existência de vídeos das câmeras de segurança do condomínio que mostrariam o marido agredindo Tatiane fisicamente. Em seguida, os advogados da família da vítima apresentaram imagens de conversas recentes em que Tatiane relata à sua amiga que pretendia se divorciar de Luis Felipe e que ele tinha “ódio mortal” dela, bem como textos de publicações que ele fez em rede social, com afirmações que demonstram um perfil agressivo.

Diante disto, Luis Felipe Manvailer formulou, por seus representantes, pedido em caráter de urgência alegando que as imagens das conversas não poderiam ser consideradas, pois não haveria prova de que realmente ocorreram. Além disso, pediu que os vídeos citados pelo delegado sejam declarados sigilosos, sem acesso pelo público.

Para o advogado da família da vítima, Gustavo Scandelari, o pedido feito pelo indiciado “não tem base na lei. As imagens das conversas foram entregues espontaneamente por uma de suas interlocutoras e registradas em cartório em documento com fé pública. Elas são reais. Já os vídeos constituem provas fundamentais para a elucidação do caso e, por isso, são de interesse da sociedade, já que o suspeito poderá ser julgado pelo povo. A investigação não corre sob sigilo e todos os processos são públicos, via de regra. Deveria ser de interesse do próprio indiciado poder expor à sociedade o que ocorreu naquela madrugada”.

Parentes e amigos de Tatiane são unânimes em afirmar que o relacionamento do casal estava bastante desgastado há cerca de três meses, que existia a intenção do divórcio por parte de Tatiane e que ela era uma pessoa muito querida por todos, alegre e que jamais cometeria suicídio.

Os vídeos, captados momentos antes de o casal entrar no apartamento onde morava, mostrariam a tentativa de Tatiane fugir do seu marido, que estava lhe agredindo violentamente. “Esses vídeos, somados ao comportamento do preso logo após o fato, aos depoimentos, ao laudo, às conversas de Tatiane com sua amiga e outros elementos descartam completamente a versão de que teria sido suicídio, tornando sólido o seu indiciamento pela Polícia”, afirma o advogado, ressaltando que aguarda, ainda, a conclusão do Ministério Público sobre o caso.

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Jornalista Taís Mainardes

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