Comer a cada 3 horas funciona mesmo?

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Você já esqueceu de comer? Ou achou que era melhor ficar horas sem comer, achando que ia perder peso? Por causa da correria do dia a dia ou por informação errada, muitas pessoas acabam pulando refeições o que pode ser um risco para a saúde, além de atrapalhar o emagrecimento.

A nutricionista do Centro de Diabetes Curitiba do Hospital Nossa Senhora das Graças, Heloisa Hermann, destaca que comer a cada três horas, realizando de cinco a seis refeições por dia, é a forma mais indicada para manter o equilíbrio corporal e os níveis de energia constantes. Ficar várias horas sem se alimentar, segundo a especialista, faz com que o organismo entenda que precisa armazenar energia e por isso transforma tudo o que é consumido em gordura. “Quando passamos longos períodos sem comer, o cérebro entende que estamos passando fome e, para evitar que o corpo fique sem energia, diminui todo o metabolismo. Quando voltamos a nos alimentar a estocagem de energia pelo organismo ocorre através de um maior armazenamento de gordura”, revela.

Mas é importante lembrar que não adianta comer a cada três horas, com escolhas alimentares inadequadas ou em excesso. “Quando estamos com muita fome temos a tendência de escolher alimentos mais pesados e mais calóricos, e ingeri-los em grande quantidade”, diz Heloisa. A nutricionista orienta que as refeições intermediárias entre o café da manhã, almoço e jantar devem ser leves e saudáveis.”O ideal é optar sempre por uma fruta. Ela deve ser acompanhada de uma porção de leite ou iogurte desnatado; ou algum cereal integral como aveia, granola, ou bolachinhas integrais”, recomenda.

Entre as vantagens de comer porções menores em diversos momentos do dia é que dessa forma o organismo gasta energia para o processo digestivo, além de proporcionar mais saciedade. “No momento das refeições principais, que são mais calóricas, a fome não é tanta e acabamos ingerindo uma quantidade menor de calorias”, diz Heloisa. Outro fator importante da alimentação fracionada é que evita picos glicêmico – nível de açúcar no sangue, bem como a hiperinsulinemia – produção demasiada de insulina, o que também influência muito no controle do apetite.

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