Na Câmara, presidente da Urbs mostra avanços no transporte

Na Câmara, presidente da Urbs mostra avanços no transporte
Presidente da URBS Ogeny Pedro Maia Neto, apresentação sôbre a tarifa técnica do transporte coletivo na Câmara Municipal.Curitiba, 14/08/2018Foto:Cesar Brustolin/SMCS

O presidente da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A), Ogeny Pedro Maia Neto, participou nesta terça-feira (14/8) do pequeno expediente da sessão ordinária da Câmara Municipal de Curitiba, no qual fez um balanço da gestão no gerenciamento do transporte público da cidade.

Convidado pelos vereadores a participar da sessão, Maia Neto respondeu a dúvidas dos parlamentares sobre a tarifa técnica e apresentou gráficos e informações da empresa (Economia Mista S/A) referentes aos os custos que incidem no funcionamento do transporte coletivo e também das medidas adotadas para recuperação da empresa e a melhoria dos serviços. Ele também explicou sobre o sistema de bilhetagem eletrônica, as integrações com a Região Metropolitana, subsídios e gratuidades, renovação de frota, entre outros pontos.

O presidente da Urbs apresentou aos vereadores o amplo trabalho desenvolvido pela empresa para além do transporte coletivo, que envolve a administração de mais de 800 contratos de equipamentos urbanos. “A Urbs tem uma importância social muito grande para Curitiba. É um trabalho que precisa ser mantido e melhorado. Se bem gerenciada, a Urbs consegue se manter. Não falaria isso se não acreditasse”, disse.

Sobre as dívidas da Urbs, o presidente traçou um prognóstico para dois anos. “Em 2020 a situação financeira estará equilibrada”, estimou.  Maia Neto mostrou também as ações para a recuperação financeira da Urbs. Nesta gestão a empresa conseguiu as certidões negativas de débitos fiscais que possibilitaram o desenvolvimento de projetos em parceria com a Copel, por exemplo, na área de eficiência energética e também para implantação de wi-fi em estações-tubo.

Bilhetagem 
Sobre a bilhetagem eletrônica do sistema de transporte, questionada pelos vereadores, Maia Neto concordou que é um dos itens que mais precisam de aperfeiçoamento e modernização e que a Urbs está trabalhando para apresentar uma nova proposta de atualização tecnológica ainda neste semestre.

Outro assunto abordado foi a ampliação dos pontos de venda de créditos de transporte. Em breve, a Urbs lançará um edital para cadastramento de comércio e financeiras interessadas em vender créditos aos passageiros. “Uma das nossas maiores tarefas neste momento é facilitar a vida do usuário do transporte como forma até de atrair novos passageiros”, disse Maia Neto.

Retomada do transporte
O número de passageiros pagantes no transporte, que influencia diretamente no cálculo da tarifa técnica, também está em equilíbrio e pela primeira vez em mais de seis anos. É um aumento que confirma a estimativa de volume de passageiros projetada pela Urbs para o ano vem. “Hoje a Urbs acerta e a projeção é real, não mais fictícia”, disse Maia Neto.

De março a julho deste ano, 76,6 milhões de pessoas pagaram para se locomover de ônibus na capital, praticamente a mesma quantidade de passageiros do mesmo período em 2017. Antes, as projeções da Urbs eram subestimadas e a quantidade sempre ficava abaixo, chegando a apresentar queda de 10% ao ano. Segundo o presidente da Urbs, isso dificultava o planejamento da operação do sistema e também dos custos.

Tarifa técnica 
O presidente da Urbs listou aos vereadores os itens que compõem a tatifa técnica que remunera as empresas que operam o sistema, hoje  fixada em R$ 4,7114. Neste valor estão contemplados custos como combustível, lubrificantes, rodagem, peças e acessórios, pessoal, encargos sociais, taxa de administração, entre outros. “Nossa tarefa agora é reduzir o custo da tarifa técnica para deixar congelada a tarifa social”, disse. Um desses caminhos, segundo Maia Neto, é atrair mais passageiros para o sistema.

Gratuidades
Outro item muito questionado pelos parlamentares foram as gratuidades do transporte público, que atualmente representam 16% dos custos da passagem. O presidente da Urbs informou que, por ano, as gratuidades custam R$ 120 milhões aos sistema de transporte.

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