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Peelings de inverno: entenda a técnica que rejuvenesce a pele e trata cicatrizes, manchas e rugas

Quando as estações mais frias do ano chegam, os peelings aparecem como boas armas terapêuticas que, quando bem indicadas, podem tratar de forma eficaz as cicatrizes de acne, textura da pele, rugas, flacidez, manchas além de controlar o melasma. A dermatologista Dra. Claudia Marçal, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, explica que o peeling é uma forma de tratamento que deve ser realizada por indicação médica, no caso, com o dermatologista. “A técnica consiste na aplicação tópica de substâncias capazes de remover de modo muito superficial somente a epiderme ou até mesmo chegar à derme profunda (reticular). Isto depende do tipo de substância utilizada, sua concentração e a região a ser tratada”, acrescenta a dermatologista.

O peeling promove renovação da estrutura cutânea, com proliferação de queratinócitos, fibroblastos e novos vasos na área tratada, explica a médica. “Ao promover a descamação, sempre com o intuito de reparar e tratar uma alteração inestética, promove elasticidade, firmeza, melhora da textura da coloração e das linhas de expressão”, explica a Dra. Claudia. “Podemos utilizar o ácido retinóico em concentrações de 1% até 10%, o ácido tricloroacético de 10% a 50%, o ácido glicólico de 20% a 70%, o ácido salicílico entre 20% a 30%, ácido málico, mandélico, lático, kójico em associações para promover benefícios sobre a estrutura da pele a receber esta terapia tópica”, comenta a médica. Essas substâncias são usadas em cabine. “Os peelings químicos mais superficiais apresentam menos complicações pois atuam apenas na epiderme e promovem uma descamação mais superficial com menor tempo de recuperação e podem ser utilizados em peles claras e mais morenas melhorando a textura, poros, manchas superficiais, cicatrizes de acne superficiais e controlando o melasma epidérmico”, acrescenta.

Mas, de acordo com a médica, todo e qualquer peeling químico deve ser precedido de preparo, principalmente os mais profundos e de intensidade média. “Com ácidos associados a clareadores em uso noturno em regime de utilização preconizado pelo médico, não podemos deixar de lembrar da fotoproteção e hidratação diária com a finalidade de evitar manchas e hipercromias, promover cicatrização mais rápida e reparo tecidual”, recomenda.

No caso de pacientes com pele mais morena, sensível ou que está em período ou fase da vida onde há contraindicação ou pela própria estação do ano, a médica diz que é necessário recorrer às fórmulas domiciliares à base de vitamina A e seus derivados, alfa ou beta ou polihidroxiácidos, ácido azelaico, associados a clareadores como a nicotinamida, ácido kójico, alfa arbutin, hidroquinona, ácido tranexâmico, entre outros. “Além disso, podemos alternar com cremes calmantes ou que utilizem fatores de crescimento, peptídeos, extratos naturais de plantas com ação multifuncional, silício, ácido hialurônico de alto e baixo peso molecular, estimuladores das áreas de sustentação cutânea, antioxidantes, antiglicantes e desglicantes, vitaminas e fotoproteção sempre com índices acima de 30. Nas peles mais claras, o FPS acima de 50, reaplicado duas a três vezes ao dia”, completa.

Com relação à contraindicação, a especialista explica que os peelings médios e profundos devem ser realizados no inverno, pois atingem a derme papilar e reticular, e são contraindicados em peles morenas, com tendência a cicatrizes hipertróficas, pacientes com rosácea ou hipersensibilidade reacional, durante a gravidez ou lactação, durante a vigência de infecções ou alterações hormonais para evitar complicações como manchas (hipercromia) pós-inflamatórias, surgimento de manchas brancas, infecção herpética ou por bactérias. Já os peelings mais superficiais ou com ação queratolítica (estrato córneo e epiderme) estão liberados de modo seriado durante o verão, desde que com algumas orientações médicas criteriosas.

Fonte: Dra. Claudia Marçal

Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School.

maria.claudia@holdingcomunicacoes.com.br

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