De acordo com a médica, as olheiras também podem surgir devido a goteira lacrimal profunda, quando, na região abaixo dos olhos, surge uma espécie de sulco, formando uma sombra local que gera as olheiras. Além disso, o envelhecimento também contribui para o desenvolvimento das olheiras, pois a pele da região torna-se mais flácida, com o surgimento de rugas e acúmulo de bolsas de gordura locais.
Porém, para saber qual a melhor forma de controlar e tratar as olheiras é preciso identificar qual o tipo da alteração, que são classificadas de acordo com os fatores causadores do seu surgimento. Para ajudar a entender, a Dra. Thais explicou cada um deles. Confira:
– Olheira pigmentar: “É a olheira causada pelo excesso do depósito de melanina na pele, composto que dá cor ao tecido. Geralmente, esse tipo de olheira apresenta uma cor amarronzada e costuma aparecer em pessoas de fototipo alto, com tendência genética para o desenvolvimento de olheiras ou com rinite alérgica.”
– Olheira estrutural: “Esse é o tipo de olheira mais raro e acontece pela presença de goteira lacrimal profunda ou pela falta de tecido abaixo dos olhos, sendo assim possível visualizar o músculo que está por baixo da pele devido a transparência do tecido.”
– Olheira vascular: “A olheira vascular é causada pelo acúmulo de hemossiderina ou pelo aumento de vasos sanguíneos na região dos olhos. Esse tipo de olheira caracteriza-se por tons azulados, arroxeados ou avermelhados, devido à coloração do pigmento sanguíneo, e tendem a aparecer após uma noite de sono ruim ou em pessoas que estão cansadas, além de piorarem com quadros de rinite alérgica, tabagismo e alimentação rica em sal.”
– Olheira mista: “É o tipo mais comum de olheira e acontece quando há a soma de um ou mais fatores que causam a alteração, sendo agravadas também por motivos como tabagismo, álcool e noites mal dormidas.”
Tratamentos
De acordo com a dermatologista, a melhor forma de atuar no combate e diminuição das olheiras, independentemente do tipo, é através da adoção de hábitos saudáveis, como sono adequado, alimentação balanceada e hidratação cutânea. Mas se as olheiras não sumirem ou estiverem causando muito incômodo, o ideal é procurar um dermatologista que indicará o melhor tratamento para o seu caso. “Caso as olheiras apresentem tons mais escuros e amarronzados, o tratamento mais indicado é o peeling com ácido tioglicólico, que possibilita o clareamento da área abaixo dos olhos, podendo ser feito em sessões semanais ou quinzenais. Já para quem apresenta olheiras profundas, o tratamento ideal é o preenchimento com ácido hialurônico, técnica que tem o objetivo de nivelar a pele abaixo dos olhos com o resto da face, dando volume à área, com resultados visíveis em poucos dias”, completa a médica. “Por fim, para olheiras escuras e de tons arroxeados geralmente é recomendado o tratamento com luz intensa pulsada, que consiste na aplicação de uma faixa de luz que gera calor no local e possibilita a destruição dos pigmentos de melanina e hemoglobina em partículas menores, que são absorvidas pelo corpo. Além disso, os vasos sanguíneos locais se contraem, reduzindo o efeito arroxeado.”
Dra. Thais Pepe: Dermatologista especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, membro da Sociedade de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia. Diretora técnica da clínica Thais Pepe, tem publicações em revistas científicas e livros, além de ser palestrante nos principais Congressos de Dermatologia.
paula.amoroso@holdingcomunicacoes.com.br