Pesquisa do Gartner revela que CEOs estão mudando prioridades para abraçar negócios digitais

Crescimento, estratégias corporativas, TI e questões relacionadas a força de trabalho estão entre as prioridades de CEOs em 2018

 

Crescimento figura o topo da lista de prioridades de negócios de CEOs (Chief Executive Offices) em 2018 e 2019, de acordo com recente pesquisa com executivos seniores conduzida pelo Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia. No entanto, o levantamento apura que, à medida que se torna mais difícil atingir metas de crescimento, CEOs estão concentrando na mudança ou atualização da estrutura de suas companhias, incluindo compreensões mais profundos de negócios digitais.

“Apesar de o crescimento continuar sendo a maior prioridade de CEOs, houve uma significativa queda das menções este ano, de 58% em 2017 para 40% em 2018. Isso não significa que o CEOs estão menos focados no crescimento, mas a pesquisa mostra que estão modificando sua perspectiva de como obter isso”, diz Mark Raskino, Vice-Presidente do Gartner. “A categoria ‘corporativa’, a qual inclui ações como novas estratégias, parcerias, fusões e aquisições, cresceu significativamente e se tornou a segundo maior prioridade”. Essas e outras tendências e tecnologias estratégicas que estão impulsionando a transformação digital serão debatidas durante Gartner Symposium/ITxpo 2018, que acontece em São Paulo de 22 a 25 de outubro.

O estudo Gartner 2018 CEO and Senior Business Executive Survey ouviu CEOs e executivos seniores no quarto trimestre de 2017, examinando questões de negócio, assim como algumas áreas da agenda tecnológica. No total, foram entrevistados 460 líderes de organizações com mais de US$ 50 milhões em receita anual.

TI continua sendo uma alta prioridade na terceira colocação, e CEOs mencionaram Transformação Digital em particular.  A força de trabalho se tornou a quarta maior prioridade este ano, contra sétima posição em 2017. O número de CEOs mencionando a força de trabalho entre suas três principais prioridades aumentou de 16% para 28%. Quando questionados sobre as principais restrições internas ao crescimento, questões envolvendo colaboradores e talentos figuram o topo das prioridades. CEOs afirmaram que a falta de competência e talento da força de trabalho é o maior inibidor para o progresso dos negócios digitais.

Tendências de tecnologias emergentes

Para os Gartner, as cinco tendências de tecnologias emergentes são:

 

  • Inteligência Artificial democratizada – Tecnologias IA estarão virtualmente em todo o lugar pelos próximos 10 anos. Enquanto possibilitam a novos usuários se adaptarem a novas situações e resolver problemas que não haviam sido enfrentados anteriormente, elas estarão disponíveis para as massas – democratizada. Movimentos e tendências como computação em Nuvem, comunidade autora (Maker) e fonte aberta (open source) irão eventualmente deixar IA ao alcance de todos. Essas tendências são viabilizadas pelas seguintes tecnologias: Inteligência Artificial em PaaS (Platform as a Service), Inteligência Artificial Genérica (AGI), direção autônoma (níveis 4 e 5), robôs mobile autônomos (Autonomous Mobile Robots), plataforma de AGI conversacional, redes neurais, veículos voadores autônomos, robôs inteligentes e assistes virtuais. “Tecnologias que representam a IA democratizada ocupam três de cinco seções no Hype Cycle, e algumas delas, como a rede neural e assistentes virtuais, vão se popularizar nos próximos dois a cinco anos”, afirma Walker. “Outras tecnologias emergentes da categoria, como robôs inteligentes ou IA PaaS, também estão se movendo rapidamente para o topo do Hype Cycle, e vão ultrapassar a barreira em breve.

 

  • Ecossistemas digitalizados – Tecnologias emergentes exigem uma revolução nas fundações de viabilização que disponibilizam o volume de dados necessários, avançado poder de computação e ecossistemas onipresentes. A mudança de uma infraestrutura técnica compartilhada para plataformas que viabilizam ecossistemas recai sobre as fundações para modelos de negócios totalmente novos que estão formando uma ponte entre humanos e tecnologia. Essa tendência é facilitada pelas seguintes tecnologias: Blockchain, Blockchain para segurança dos dados, digital twins, plataformas IoT e Gráficos do Conhecimento. “Tecnologias para ecossistemas digitalizados estão fazendo seu caminho para o Hype Cycle muito rápido”, diz Walker. “Blockchain e plataformas de IoT já ultrapassaram o pico no momento, e nós acreditamos que elas vão atingir maturidade nos próximos cinco a 10 anos, com modelos digitais twins a Gráficos do Conhecimento chegando perto delas.

 

  • Faça você mesmo – Ao longo da próxima década, a humanidade vai iniciar uma era “transumana”, com a biologia podendo ser hackeada, dependendo do estilo de vida, interesses e necessidades de saúde. O biohacking se reduz a quatro categorias: tecnologia de realidade aumentada, nutrigenômica, biologia experimental e prática de grinder biohacking. No entanto, questões ainda pairam sobre o quanto a sociedade está preparada para aceitar esses tipos de aplicações e quais questões éticas devem ser levantadas. Essa tendência é viabilizada pelas seguintes tecnologias: biochips, biotecnologia – tecido cultivado ou artificial, interface cérebro-computador, realidade aumentada, realidade hibrida e tecidos inteligentes. Tecnologias emergentes em biohacking DIY (faça você mesmo) estão se movendo rapidamente pelo Hype Cycle. Realidade híbrida está fazendo o seu caminho para a fase da desilusão (Trough of Disillusionment), e a realidade aumentada está quase atingindo o fundo. Essas pioneiras serão seguidas pelos biochips, os quais já chegaram ao pico e devem se mover para o platô em cinco a 10 anos.

 

  • Experiências imersivas e transparentes – A tecnologia vai continuar mais centrada no humano a ponto de introduzir transparência entre pessoas, negócios e negócios. Essas tecnologias estendem e facilitam vida inteligente, o trabalho e outras áreas. Essas tendência é viabilizada pelas seguintes tecnologias: impressão 4D, casas conectadas, formato Edge AI (Inteligência Artificial no próprio chip), tecnologia self-healing, baterias de ânodo de silício, smart dust (poeira inteligente), ambiente de trabalho inteligente e dispositivo de exibição volumétrico. “Tecnologias emergentes que representam experiências imersivas e transparentes estão caminhando para o pico ou, no caso baterias de ânodo de silício, já ultrapassou”, afirma Walker. “Ambientes de trabalho inteligentes se moveram um pouco e estão prestes a atingir o pico em um futuro próximo”, diz.

 

  • Infraestrutura onipresente – A infraestrutura não está mais no caminho de alcançar metas de organização. O advento e a massiva popularidade de computação em Nuvem e suas muitas variações viabilizaram um ambiente sempre disponível e sem limites. Essa tendência é viabilizada pelas seguintes tecnologias: 5G, nanotubo de carbono, rede neural ASICs, hardware ‘neuromórfico’ e computação quântica. As tecnologias que suportam infraestruturas onipresentes estão no caminho para atingir o pico e se movem rapidamente ao longo do Hype Cycle. Redes neurais ASICs e 5G devem chegar ao platô nos próximos dois a cinco anos.

            Os especialistas do Gartner anunciarão mais detalhes sobre as tendências mundiais de tecnologia durante o Gartner Symposium/ITxpo, o maior evento do Gartner no Brasil e que acontece de 22 a 25 de outubro, em São Paulo. O Symposium oferecerá insights de como as organizações podem usar TI para superar desafios de negócios e melhorar sua eficiência operacional.

A análise “Hype Cycle for Emerging Technologies, 2018” é parte do estudo Gartner Trend Insight Report, “2018 Hype Cycles: Riding the Innovation Wave”, criado para ajudar CIOs e líderes de TI a aproveitarem oportunidades de mercado, assim como se protegerem de ameaças que podem afetar seus negócios, assumindo sempre a inovação dos negócios.