Falta de higiene é a principal porta de entrada para a intoxicação alimentar

Nesta época do ano a alimentação sai um pouco “da linha”, principalmente porque muita gente ainda está de férias e faz aquela esticadinha por alguns dias na praia. São as comidas nos quiosques e barraquinhas à beira mar, doces, bebidas, frituras, lanches rápidos, porções, petiscos e uma infinidade de opções a se perder de vista.

Mas com tanta comida assim – e muitas vezes comendo em locais sem muita segurança alimentar -, surge a famosa intoxicação alimentar, que nada mais é que uma doença causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com micro-organismos (bactérias, fungos, vírus ou parasitas) patogênicos ou suas toxinas.

Falta de higiene é a principal porta de entrada para a intoxicação alimentar
Frutas e verduras devem ser sempre bem higienizadas.

Segundo o médico cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Otorrinos Curitiba, Gustavo Fernando Binder, a contaminação dos alimentos pode acontecer de várias formas, e a falta de higiene é uma das principais maneiras de contaminação.

“A contaminação pode ocorrer de várias formas: durante o processamento dos alimentos, durante o cultivo dos vegetais e durante a manipulação dos alimentos, armazenamento, entre outros. Ao lavar corretamente frutas e verduras antes do consumo, por exemplo, podemos evitar que um alimento que porventura estivesse contaminado venha a causar uma intoxicação”, explicou o especialista.

É importante lembrar que alimentos contaminados não necessariamente apresentam alteração na sua aparência ou sabor.

Sintomas da intoxicação alimentar
Os principais sintomas da intoxicação alimentar são: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas e mal-estar.

Grupos de risco
Todas as pessoas estão suscetíveis a uma intoxicação alimentar, mas alguns grupos são mais vulneráveis a ter o problema ou a desenvolver quadros clínicos mais graves, como por exemplo idosos, crianças, gestantes e portadores de doenças crônicas, além de pacientes que estejam fazendo tratamentos que possam diminuir sua imunidade.

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Em episódios de intoxicação alimentar, é importante ingerir bastante água.

O que fazer numa intoxicação alimentar?
De acordo com o doutor Gustavo, inicialmente o paciente com intoxicação deve ingerir bastante líquido para se manter hidratado, e também fazer repouso.

A hidratação pode ser feita com água, água de coco, sucos e chás. Na maior parte dos casos, os episódios são autolimitados, ou seja, melhoram sem nenhum tratamento específico”, completa.

Soro caseiro para hidratação
O soro caseiro também ajuda a repor o que foi perdido, e existe uma fórmula de preparo bem simples que pode ajudar na reidratação, conforme indica Gustavo.

A receita de soro caseiro é simples: ele é preparado com 1 litro de água filtrada ou fervida, 1 colher pequena (café) de sal e 1 colher (sopa) de açúcar. Misturar tudo e ingerir. Mas é importante seguir corretamente as medidas, pois quando as proporções não são colocadas corretamente, esse preparo pode até piorar o quadro”, lembrou o médico.

No entanto, existem preparos prontos do soro de reidratação oral distribuídos em postos de saúde e vendidos em farmácias. O preparo caseiro deve ficar apenas para as emergências.

 

Diretor Técnico: Dr. Ian Selonke CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia