Nutricionista do HCor dá dicas para evitar a intoxicação alimentar no verão

Com as altas temperaturas durante o verão aumentam os casos de intoxicação alimentar, como é popularmente chamada a gastroenterocolite aguda, causada principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados por microorganismos.  Nesta época do ano, grande parte da população frequenta praias e clubes, lugares bastante propícios para contrair uma intoxicação alimentar. Por isso, é preciso ficar atento. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, janeiro e fevereiro são os meses em que há mais notificações de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA´s).

A principal causa do aumento de intoxicação alimentar são as altas temperaturas da estação que podem comprometer a conservação de alimentos e favorecer a proliferação dos microorganismos nocivos à saúde, entre eles bactérias (salmonela e estafilococos) e vírus (rotavírus).

De acordo com a nutricionista do Clinic Check-up do HCor, Maria Fernanda D´Ottavio, essa ocorrência está ligada à temperatura mais alta nesse período, o que favorece a proliferação de microorganismos nocivos à saúde. “Nessa época, temos que ter mais cuidado com o que comemos e onde comemos”, alerta a nutricionista.

Fique atento aos vilões! Os maiores vilões são a água, maionese, frango, carne bovina, ovos e, principalmente, a ostra. Se forem mal preparados ou indevidamente manuseados, esses produtos ficam suscetíveis a contaminações. Quando ingeridos, esses agentes podem causar diversos problemas. “De modo geral, os sintomas mais comuns são vômito, diarreia, náuseas, dor abdominal e cólicas, às vezes com presença de febre, ou até mesmo paralisia, se for caso de botulismo. A manifestação dos sintomas, após a ingestão, pode variar de horas (no caso da salmonela) até semanas (hepatite A)”, esclarece Maria Fernanda D´Ottavio.

Cuidado redobrado com a alimentação no verão: para a nutricionista do HCor, poucos casos exigem internação, mas é importante que um posto médico seja procurado assim que os sintomas se manifestarem. Para amenizar o mal-estar, o ideal é muito repouso e hidratação. “Os cuidados que temos usualmente com os alimentos devem ser redobrados, principalmente ao nos alimentarmos fora de casa. Na praia, os cuidados devem ser ainda maiores, já que além do calor intenso, vários alimentos são vendidos sem os devidos cuidados com a higiene”, finaliza.

Dicas da nutricionista do HCor para evitar a intoxicação alimentar no período de altas temperaturas:

Evitar alimentos crus ou mal cozidos. Prefira alimentos que passem por altas temperaturas para serem preparados;

Atente-se a temperatura dos refrigeradores onde os alimentos são armazenados. Temperaturas inferiores à 4ºC são mais seguras para evitar a proliferação de micro-organismos;

Consuma imediatamente os alimentos cozidos. Caso sobre, guarde-os em recipientes na geladeira;

Mantenha os alimentos crus longe dos cozidos;

Não consuma alimentos com alteração de odor, cor e sabor;

Evitar alimentos em conserva como palmito e molhos caseiros como maionese;

Não ingira alimentos em embalagens danificadas;

Evitar porções feitas com excessiva antecipação;

Consuma apenas água potável;

Evite o consumo de alimentos em ambulantes. Prefira quiosques, lanchonetes ou estabelecimento com estrutura e higiene adequada;

Atente-se a higiene do local, desde higiene pessoal dos funcionários e também dos utensílios e local.

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