Associação Brasileira de Automação recomenda a rastreabilidade de medicamentos para a segurança do paciente

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil trabalha intensamente no setor da saúde e procura auxiliar a indústria e órgãos de governo com soluções padronizadas para o controle e rastreabilidade de medicamentos. Neste momento, acompanha uma medida aplicada pela União Europeia (UE) – a Diretiva Medicamentos Falsificados –, que obriga o uso de dispositivos de verificação de ponta a ponta da cadeia para que os pacientes adquiram os remédios de forma segura. De acordo com publicação da European Commission, a indústria terá de colocar um código de barras 2-D e um dispositivo de prevenção de adulterações na embalagem dos medicamentos sujeitos à receita médica. As farmácias e os hospitais terão de verificar a autenticidade dos medicamentos antes de administrarem aos pacientes.

O novo sistema de verificação de ponta a ponta exige que as pessoas autorizadas (farmacêuticos e nos hospitais) verifiquem a autenticidade dos produtos ao longo de toda a cadeia de abastecimento. Assim, todos os Estados-Membros podem rastrear melhor os diferentes medicamentos, em especial se algum suscitar preocupações.

Da mesma forma que no Brasil, a UE definiu um código de barras bidimensional como padrão para que a indústria identifique os medicamentos desde a origem. No Brasil, o padrão de identificação dos medicamentos a serem rastreados, escolhido pela Anvisa, é o código de barras bidimensional GS1 Datamatrix. Ele servirá para estruturar a informação do código das embalagens e garantir a interoperabilidade na cadeia. “O código permite obter informações importantes sobre os medicamentos desde sua produção”, afirma João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. Oliveira acredita que o GS1 Datamatrix é a ferramenta que garantirá suporte, automação e visibilidade à rastreabilidade de remédios, além de permitir a integração dos sistemas de informação.

Isso é possível porque, ao contrário do código de barras comum, que contém apenas o número de identificação do produto, o bidimensional também armazenará informações variáveis como lote, validade, número serial e o número de registro da Anvisa , o que permitirá todo o rastreamento e controle na cadeia logística. Todas as informações reunidas são chamadas de Identificador Único de Medicamento (IUM), que estará em cada unidade de medicamento comercializada.

Essa solução permitirá uma gestão mais eficaz dos riscos na cadeia dos produtos farmacêuticos e dar ao consumidor mais segurança. “A preocupação com a segurança do paciente e a autenticidade dos medicamentos se torna cada vez mais presente em todo o mundo, e a rastreabilidade é uma ferramenta essencial para ajudar a enfrentar esta situação. A identificação única do item por meio do código de barras é a base do processo”, destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira.

Identidade única – A GS1 Brasil trabalha em seu grupo internacional GS1 Healthcare com fabricantes, hospitais, varejo, agências de vigilância sanitária, Ministério da Saúde e associações do setor para buscar as melhores soluções mundiais para o sistema de codificação de medicamentos, redução de erros médicos, recall de produtos, autenticidade, eficiência, acuracidade na cadeia de suprimentos, rastreabilidade e segurança do paciente.

Principais benefícios do DataMatrix:
• Rastreabilidade (acompanhamento do processo até a utilização dos insumos ao paciente)
• Redução do tempo nas diversas etapas do processo (recebimento, etiquetagem…)
• Redução de perdas por vencimento (principalmente materiais)
• Otimização dos recursos (humanos)
• Garantia dos registros realizados
• Redução de erros gerando maior segurança nos processos