26ª Agrishow: Abimaq prevê crescimento de 10% nas vendas em relação a 2018

De 29 de abril a 03 de maio será realizada, em Ribeirão Preto, a Agrishow, considerada a feira de negócios que há 26 anos movimenta o agronegócio brasileiro, reunindo profissionais de todas as regiões do Brasil e do mundo. Nesta edição, em uma área de 520 mil m², 800 marcas expositoras nacionais e internacionais – vindas dos Estados Unidos, Argentina, França, China, Índia e Turquia – trarão o que há de mais novo em tecnologia agrícola, em relação ao maquinário, lançamentos exclusivos e as principais tendências do ano para um púbico qualificado estimado em 150 mil.

Em coletiva realizada nesta terça-feira, 26, em São Paulo, durante a Feira Internacional do Plástico e da Borracha, dirigentes da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e autoridades do setor de agronegócio apresentaram as novidades da edição deste ano da Agrishow, que tem por objetivo ser uma feira completa com expositores de toda a cadeia produtiva: sementes, defensivos e fertilizantes, além de contar com a participação de todas as câmaras setoriais da Abimaq.

O presidente da Abimaq, João Marchesan, destacou a expectativa de crescimento de 10% em volume de negócios relação  à edição de 2018. Para ele, a Agrishow 2019 acontece em um grande momento de expectativas do agronegócio brasileiro. “O setor de máquinas agrícolas acompanha o crescimento do agronegócio. Temos uma nova concepção de modernidade com a  chamada Agricultura 4.0 e com isso uma necessidade da agricultura se modernizar, acompanham as tendências e renovar  seu maquinário, defasado há dez e até 15 anos”, disse Marquesan.

Dados conjunturais Na segunda parte da coletiva, a Abimaq apresentou os últimos dados conjunturais do setor. O mês de fevereiro de 2019, dentro do esperado, cresceu 23,8, na comparação ao mês anterior. Esse aumento foi impulsionado pelas vendas para o mercado interno (63,2%), que voltou ao nível de setembro de 2018, após uma relevante desaceleração no final de 2018.

Os dados também são positivos, ao considerar a Receita Líquida Total do setor, que apresentou crescimento de 10,6%. Assim, a receita líquida do setor alcançou R$ 6,5 bilhões contra R$ 9,8 bilhões na média do período 2010-13. A expectativa é que nos próximos meses a receita mantenha-se acima do resultado de 2018. 

Em fevereiro de 2019 a exportação do setor registrou queda acumulada de 17,7%. A queda se explica, principalmente, pela recessão na economia Argentina, ao reduzir suas compras de máquinas em 55%, no primeiro bimestre de 2019. Outro dado curioso, refere-se ao destino das exportações com os Estados Unidos e a Europa representando aproximadamente 50% das vendas de máquinas e equipamentos brasileiros. Já em relação à América Latina, a participação nas vendas ao exterior atingiu 33% – o menor patamar dos últimos dez anos. Quanto às importações, no mês de fevereiro de 2019, as importações caíram 15,5% quando comparadas com janeiro deste ano. Já comparando a fevereiro de 2018, houve crescimento de 2,6%, elevando assim o desempenho anual para 1,1%. A China vem se consolidando, nos últimos dois anos, na posição de principal origem das importações de máquinas e equipamentos, tanto em valor, como em volume.

Consumo aparente
O mês de fevereiro de 2019 apresentou pelo segundo mês consecutivo alta dos investimentos produtivos em máquinas e equipamentos com incremento de 9,2% no resultado de janeiro de 2019.  No bimestre, o consumo chegou a R$ 16,5 bilhões, 18,4% acima do mesmo período de 2018. Há que considerar neste resultado a variação cambial do período de (16%) que elevou os valores das máquinas e equipamentos importados. 

Enquanto isso, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI)  ficou 5,8% acima do resultado acumulado no bimestre de 2018. Apesar da melhora, a indústria de máquinas e equipamentos continua trabalhando com alto índice de ociosidade.  Já em relação ao emprego, a partir de 2018, o setor iniciou a retomada. No mês de fevereiro de 2019, o setor apresentou aumento no número de pessoas empregadas de 1%, chegando a 306 mil postos de trabalho.