Adesivo transdérmico manipulado chega ao mercado e garante tratamento hormonal personalizado

Adesivo transdérmico manipulado chega ao mercado e garante tratamento hormonal personalizado

Ano a ano cresce no Brasil o número de homens e mulheres que apostam na reposição hormonal para recuperar o vigor físico e mental, além de todos os processos envolvidos com a déficit hormonal. Por exemplo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aponta que a testosterona foi 55% mais vendida em 2012 em comparativo a 2004 e nos últimos anos houve uma disparada de 30% nas vendas. E uma novidade da Pharmapele promete melhorar ainda mais esse tipo de tratamento: é o Patch Transdérmico, um adesivo que pode ser manipulado com os fármacos e doses necessárias para o tratamento personalizado. “A Pharmapele é pioneira, em muitas cidades do Brasil, no lançamento da forma farmacêutica patch transdérmico. Este produto já foi exclusivo do mercado industrial e adquirido nas drogarias em doses padronizadas. Entretanto, a adaptação desta tecnologia para o mercado magistral traz um ganho enorme para população, pois podemos trabalhar com a individualização do tratamento, com a dose precisamente determinada pelo médico para a necessidade daquele paciente”, afirma Amanda Quintas, gerente farmacotécnica da Pharmapele. “Para tornar esse aspecto ainda mais importante, devemos lembrar que o Patch transdérmico é muito empregado para veicular hormônios, o que se torna ainda mais interessante a prescrição individualizada do medicamento”, completa.

            Segundo o nutrólogo Dr. Jêmede Valença, médico da Vitalle Medicina Individualizada em Recife-PE, o desejo de usar patch transdérmico como via de terapia de reposição hormonal era antigo, mas Recife não dispunha de farmácias que fizessem isso. “Venho utilizando os patchs há alguns meses e com bons resultados”, diz o médico.

            O Patch Transdérmico é composto por um sistema multicamadas, flexível, medicamentoso e com propriedades bioadesivas. Sua fórmula é capaz de formar um filme na pele e contar com promotores de permeação, que possibilitam que o fármaco atinja a corrente sanguínea – sem passar pelo metabolismo do fígado. “Além disso, o filme formado é o responsável pela liberação controlada do fármaco, evitando picos hormonais na corrente sanguínea, que acontecem quando os hormônios são administrados por via oral ou até por via transdérmica na forma de creme ou gel transdérmico. A importância disso é evitar picos hormonais (aumento abrupto da concentração sanguínea do hormônio) ou quedas repentinas, que desestruturam o equilíbrio do corpo”, afirma Amanda. O sistema multicamada também tem a finalidade de aderir o adesivo na pele do paciente, com durabilidade de 24 horas no local de aplicação. “Assim o paciente só precisa fazer a troca do patch 1x por dia, tornando o tratamento muito prático”.

            Segundo a gerente farmacotécnica, quando a reposição hormonal é feita via oral ocorre a passagem do fármaco pelo fígado, antes de alcançar a corrente sanguínea. “O fígado é o órgão de maior metabolização dos fármacos e alimentos. Então, quando os fármacos passam pelo fígado, eles sofrem uma série de reações e se desfazem (deixam de ser fármacos), diminuindo sua ação. Além disso, os produtos formados após a metabolização podem trazer efeitos maléficos ao organismo”, diz. “No caso dos hormônios, esta metabolização é muito extensa, o que repercute em menor quantidade de fármaco na corrente sanguínea. Quando falamos em patch transdérmico, o fármaco é absorvido sem passar pelo fígado, assim, há um maior aproveitamento das substâncias e redução dos efeitos colaterais”, explica a especialista. No caso dos hormônios, por exemplo, alguns dos efeitos colaterais que são muito minimizados ou completamente anulados são: coceira; acne; náusea; alteração nos níveis de colesterol; depressão; nervosismo; alterações de humor; dor muscular; retenção de líquidos nos tecidos; aumento da pressão; ereção prolongada e dolorosa no pênis; formação de esperma alterada; crescimento da próstata em homens de idades mais avançadas; diarreia e dor ou desconforto no estômago durante o uso do medicamento.

            Além disso, por conta das reações do fármaco no fígado, o adesivo leva vantagem, já que menores doses são necessárias para atingir os níveis necessários e estáveis de hormônio no sangue, o que proporciona maior eficácia.

            Outra vantagem do adesivo é em comparação ao creme ou gel transdérmico. Como no patch há uma proteção do fármaco pelos sistemas oclusivo e adesivo, se o paciente encostar esta região na pele de outra pessoa, este não irá se contaminar com o hormônio. Já no gel ou creme transdérmico, ao encostar o local de aplicação em um filho ou parceiro, haverá absorção por esta pessoa também.

            O médico Dr. Jêmede Valença enumera os principais benefícios: “Liberação lenta da substância, com menores picos e maior similaridade às liberações fisiológicas; ausência da possibilidade de perder a medicação na roupa ou transmitir para outra pessoa, o que pode acontecer com o gel ou creme transdérmico; além da maior praticidade e da melhora do ajuste de dosagem da terapia de reposição, o que otimiza os resultados”, afirma o nutrólogo.

            Para aplicação do Patch transdérmico, alguns cuidados devem ser respeitados, tais como: higienizar a pele; aplicar o adesivo na pele seca utilizando a ponta dos dedos para garantir a colagem completa do produto, inclusive nas extremidades; manter a área de aplicação seca nas primeiras três horas (pode ser molhado após esse período sem nenhuma redução de sua eficácia); retirar o patch após 24 horas; e aplicar um novo, respeitando o sistema de rodízio, até finalizar o tratamento. “A área de aplicação do patch deve ser uma região saudável, íntegra, com pouco ou nenhum pelo e sem dobraduras. Essa região, uma vez utilizada, deve permanecer em repouso por 7 dias, enquanto outras áreas do corpo podem ser exploradas. A área de aplicação deve ser selecionada conforme esquema de rodízio e pode variar entre as regiões das costas, o abdômen, parte superior do braço e coxas”, finaliza Amanda.

Pharmapele: A Pharmapele é uma rede de farmácias de manipulação, com 31 anos de experiência em medicamentos personalizados e cosméticos de tratamento. São 80 lojas presentes em todo o Brasil. A Pharmapele é metade ciência, metade beleza e bem-estar por inteiro. www.pharmapele.com.br

<maria.claudia@holdingcomunicacoes.com.br>