Dia Mundial da Saúde: Doenças cardíacas são a principal causa de mortalidade no Brasil

Check-ups regulares e adoção de hábitos saudáveis são fundamentais para evitar os fatores de risco que levam os problemas cardíacos

No próximo domingo, 7 de abril, é comemorado o Dia Mundial da Saúde. A prevenção das doenças cardíacas são uma das medidas mais importantes para ter uma vida mais saudável. Elas são a principal causa de mortalidade no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, sendo responsáveis por mais de mil mortes por dia – uma a cada 90 segundos.

Mas, a adoção de hábitos saudáveis e acompanhamento médico podem evitar muitas dessas mortes. A falta de controle da pressão arterial e os níveis inadequados de colesterol e diabetes são os principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardíacas. “Eles causam a aterosclerose, placas de gordura que podem obstruir as artérias a qualquer momento ou diminuir o fluxo sanguíneo para o coração. E a aterosclerose é silenciosa. Muitas vezes, o primeiro sintoma que aparece já é fatal, como AVC (Acidente Vascular Cerebral), chamado de “derrame”, ou infarto do coração conhecido como “ataque cardíaco”, alerta o cardiologista João Vítola, presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia.

Para controlar esses fatores de risco, fazer exercícios físicos, não fumar e ter uma alimentação balanceada são essenciais, segundo o cardiologista Silvio Henrique Barberato, diretor de Comunicação da Sociedade Paranaense de Cardiologia. “As pessoas, muitas vezes, buscam uma ‘pílula mágica’ que resolva todos os seus problemas de colesterol, pressão alta e diabetes; porém, se o paciente adota hábitos saudáveis, deixa de fumar, controla o peso e faz atividade física, ocorre uma significativa melhora da saúde, da autoestima e da qualidade de vida. Quem passa por essa experiência, não quer voltar ao que era antes.”

O check-up regular é outra medida importante para manter o coração saudável. Por meio dele, o cardiologista pode diagnosticar os fatores de risco ou problemas cardíacos, que não apresentam sintomas na sua maioria, possibilitando um tratamento mais precoce e evitando complicações mais sérias. “É recomendado fazer um check-up regularmente a partir dos 40 anos, mas essa idade é só uma marca, que pode ser alterada dependendo do caso. Pacientes com risco muito alto, como, por exemplo, uma família em que todos infartaram com 30 ou 40 anos, devem começar as avaliações cardiológicas muito mais cedo”, ressalta o cardiologista Rodrigo Cerci, diretor científico da Sociedade Paranaense de Cardiologia.