Glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo e evolui de forma silenciosa

O glaucoma é a segunda maior causa de cegueira irreversível no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, 80 milhões de pessoas terão glaucoma no mundo, e em 2040 mais de 111 milhões. Para lembrar a doença, no dia 26 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, data criada para conscientizar a população da importância do diagnóstico precoce.   

Segundo a Dra. Renata Rabelo, oftalmologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP, existem vários tipos de glaucoma e o ideal é trabalhar com a prevenção já que a doença evolui de forma silenciosa. “O mais comum é o glaucoma de ângulo aberto que pode se apresentar com ou sem aumento da pressão ocular e sem sintomas na maioria dos casos, porém quando presente, há queixa de dor. Os outros tipos se desenvolvem pela predisposição genética ou relacionados a doenças como hipertensão arterial e diabetes”, conta.  

Mais comum após os 40 anos, os danos mais sérios do glaucoma aparecem com o decorrer do tempo, sendo que na fase mais avançada, pode levar à perda progressiva do campo visual da periferia para o centro. Por isso, a especialista reforça a importância da prevenção, principalmente para o grupo de risco. “A partir desta idade é ideal procurar um oftalmologista anualmente para exames de rotina e assim possibilitar o diagnóstico precoce”, comenta.

Para identificar o glaucoma são indicados os exames específicos que constatam se a pressão dentro do olho está alta e se há predisposição para a doença. “O tratamento inicial consiste em uso de colírios hipotensores e, em alguns casos, é indicada a cirurgia filtrante ou com implantes de válvulas para controle da pressão intraocular, porém, os avanços da medicina já permitem outras opções mais avançadas. No implante de micro válvula, por exemplo, é colocada uma micro válvula na câmara anterior do olho para melhorar o escoamento do humor aquoso – líquido contido na parte anterior do olho – que pode ser responsável pelo aumento da pressão intraocular, levando à doença”, explica a médica. <wanessa.miranda@maquina.inf.br>