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Outono e irritações oculares

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Dra. Heloisa Russ*

Outono e irritações oculares
Imagem Pixabay

Outono é a estação caracterizada pelo ar seco e mudanças de temperatura repentinas, que acabam por agravar as doenças respiratórias e irritações alérgicas, inclusive, as oculares. Esse conjunto de fatores influencia o sistema imunológico das pessoas deixando o organismo mais vulnerável a doenças oftalmológicas, como alergias oculares, síndrome do olho seco e conjuntivite. Cada uma dessas doenças oculares possui tratamento diferenciado e, por isso, a importância de consultar um oftalmologista nos primeiros sinais de desconforto nos olhos.  Coceira, desconforto, irritações e sensibilidade para abrir os são sintomas comuns a todas elas.

Dentre alguns cuidados para amenizar os sintomas estão: compressas geladas sobre os olhos fechados e, em caso de inflamação diagnosticada por um médico, o uso de medicações oculares prescritas pelo oftalmologista. Higiene constante das mãos e evitar coçar os olhos são recomendações gerais aos pacientes.

Olho seco – A baixa umidade do ar e o ressecamento da região ocular costumam causar a Síndrome do Olho Seco, caracterizada pela pouca ou má qualidade da lágrima, o que deixa a superfície dos olhos seca. Para evitá-la, o ideal é beber bastante líquido, incluir na dieta frutas e verduras ricas em vitaminas A e E, ômega 3,6 e 9, usar umidificadores de ar quando necessário, ter um lubrificante ocular por perto e, se possível, evitar ambientes com ar-condicionado. O uso abusivo de equipamentos eletrônicos também aumenta a ocorrência. Sintomas como vermelhidão, irritação, coceira, ardor, visão borrada e sensação de areia nos olhos são comumente relatados.

Alergias oculares  Comuns no outono, alérgenos como pólen, pelos ou ácaros são os mais comuns, entretanto, nem sempre é possível evitá-los. Sugere-se evitar plantas, flores e animais com pelo dentro de casa; manter os ambientes arejados e livres de objetos que acumulem pó em excesso; substituir a vassoura por aspirador de pó; e evitar esfregar ou coçar os olhos. Lubrificar os olhos auxilia na proteção e depuração dos alérgenos (substâncias dos alimentos, plantas ou de animais que provocam uma reação exagerada do sistema imunológico e causam a inflamação). Compressas frias auxiliam no alívio dos sintomas.

Conjuntivite – Olhos inchados, coceira e secreção que deixam os olhos grudados ao acordar são os sintomas característicos. Inflamação da conjuntiva causada por vírus ou bactérias, a conjuntivite é altamente contagiosa e, apesar de não ser grave, causa muito incômodo. Como método de prevenção, os oftalmologistas indicam lavar as mãos frequentemente; evitar aglomerações e locais fechados; não compartilhar objetos pessoais, como maquiagem, fronhas, toalhas ou colírios; e evitar levar as mãos aos olhos.

Em qualquer um dos casos acima citados a automedicação não é recomendável. O uso de colírio deve ser prescrito por oftalmologistas.

*Dra. Heloisa Russ, médica oftalmologista (Curitiba – PR)

Dra. Heloisa Russ – crédito Colapso 777

Sobre Dra. Heloisa Russ – Possui uma densa formação acadêmica, é graduada em Medicina pela UFPR, fez Residência Médica em Oftalmologia pela Unicamp, onde também realizou Mestrado e Sub-especialização em Glaucoma. Em seguida, se tornou Doutora pela USP e Pós-Doutora pela Unifesp.

A médica oftalmologista é membro de diversos Conselhos e Associações, dentre eles, estão o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a Sociedade Latino-Americana de Glaucoma e a ARVO (The Association for Research in Vision and Ophthalmology).

Dra. Heloisa Russ é também autora de artigos científicos e capítulos de livros na área de Glaucoma e Oftalmologia Social. Além disso, é professora associada da pós-graduação da UFPR e da Unifesp.

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