Doenças respiratórias crônicas podem ter origem na deficiência do crescimento craniofacial

Doenças respiratórias crônicas podem ter origem na deficiência do crescimento craniofacial
Rinite, sinusite, amigdalite e outras doenças respiratórias crônicas incomodam as pessoas com a chegada do frio. Foto: Freepik

Rinite, sinusite, amigdalite e outras doenças respiratórias crônicas incomodam as pessoas com a chegada do frio. Tão importante quanto tratar os sintomas dessas doenças é descobrir suas origens para combatê-las, afirma a cirurgiã-dentista especializada em Ortodontia e tratamentos de disfunções orofaciais, Adriana Bonfim. Ela alerta que essas doenças podem ter origem na infância com a deficiência do crescimento craniofacial da pessoa, que pode gerar um assoalho nasal pequeno, dificultando a passagem de ar pelo nariz e forçando a criança a começar a respirar pela boca, pelo nariz e boca ou, em casos mais graves, apenas pela boca.

Segundo Adriana, a respiração bucal é o principal fator desencadeante de vários problemas respiratórios. “Quando o adulto é respirador bucal, ele tem como consequência doenças crônicas respiratórias como rinite, sinusite, amigdalite, entre outras. Isto ocorre porque o assoalho nasal, por ser pequeno, é pouco requisitado durante a respiração, deixando a mucosa que recobre esta região muito final e sensível às mudanças do tempo”, explica a cirurgiã-dentista, ressaltando ainda que a respiração bucal é responsável também por inúmeras doenças sistêmicas que afetam o nosso organismo, causando prejuízos em diversos aspectos, como doenças do coração, por exemplo.

Tratamento

Quando as doenças respiratórias têm origem na deficiência craniofacial, o cirurgião-dentista ainda pode fazer uma intervenção para resolver o problema da respiração com a utilização de aparelhos para aumentar o tamanho do maxilar superior e consequentemente do assoalho nasal. “Neste caso, a pessoa pode ter uma respiração próxima da funcional e o momento que isso pode ser feito é até no início da fase adulta com aparelhos ortodônticos; já na fase adulta, na maioria dos casos, é necessária uma cirurgia de correção”, avalia Adriana.