São Paulo, 25 de junho de 2019 – Sem surpresas. O mercado de tablets no Brasil no primeiro trimestre de 2019 se comportou dentro do previsto pela IDC Brasil, tanto em termos de volume como de modelo de aparelho adquirido. Segundo o estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q1/2019, foram vendidos 686 mil tablets, retração de 11% em relação ao mesmo período de 2018, mas com uma receita 7% maior, de R$430 milhões.
“Os números de vendas comprovam a tendência de retração do setor e a receita comprova a diferença que há entre o consumidor de tablet do primeiro e do segundo semestre”, afirma Wellington La Falce, analista de pesquisa da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e de conferências para indústrias de Tecnologia de Informação e Comunicações.Segundo ele, nos primeiros meses do ano, o adulto compra o tablet para ele e, por isso, investe em um produto melhor, com configuração para o uso profissional do aparelho e recursos como caneta e teclado, por exemplo. Já no segundo semestre, a compra é para a criança, e a função principal é o entretenimento.
A compra de tablets mais robustos, com mais memória, com tempo de bateria e telas maiores, justifica o ticket médio de R$627 no período, cerca de R$100 mais caro do que no primeiro trimestre de 2018. “O modelo que mais vende ainda é o básico, de 7” polegadas, mas as vendas de modelos de 9 a 10” têm crescido e puxado o ticket médio para cima”, explica o analista da IDC Brasil.
Outra tendência de crescimento é no setor corporativo, que consumiu 35 mil tablets nos três primeiros meses de 2019, alta de 40% em relação ao primeiro trimestre de 2018, basicamente por conta de um esforço em mobilidade das áreas de vendas, automação e educação. “Em 2018, houve um crescimento de 57% nos negócios B2B em comparação a 2017, e os primeiros meses de 2019 mostram que não foi uma onda”, afirma La Falce.
Produto de nicho – da iniciação digital ao uso profissional
Para a IDC Brasil, a retração no mercado de tablets vai continuar e deve fechar o ano com 3.458 unidades vendidas, 5% a menos do que em 2018. “O tablet é um produto de nicho. Estamos falando de um mercado que já vendeu 10 milhões de unidades por ano e agora deve vender 3 milhões”, resume La Falce. Mas, segundo o analista da IDC, cada vez serão vendidos tablets melhores. “O tablet é e continuará sendo o primeiro device da criança, que faz sua iniciação no mundo digital com esse aparelho. E, ao mesmo tempo, a oferta de aparelhos com recursos que permitem uma experiência diferenciada de trabalho, diversão e estudo, continuará atraindo os usuários para os quais a mobilidade é imperativa”.
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