CAA/PR apoia seminário sobre violência doméstica e familiar contra a mulher

Evento será realizado no dia 16 de agosto, na sede da OAB Londrina. Na ocasião será lançado o projeto “Mãos EmPENHAdas”

No próximo dia 16 de agosto, será realizado o II Seminário de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, promovido pela Comissão da Mulher Advogada da OAB Londrina. O evento, que acontece na sede da Subseção, das 8h às 18, conta com o apoio da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná, Tribunal de Justiça do Paraná, Delegacia da Mulher, Prefeitura Municipal de Londrina, Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Londrina, Poder Rosa e Conselho da Mulher Empresária da Associação Comercial e Industrial de Londrina. As inscrições custam R$ 20,00 e devem ser feitas pela plataforma https://www.sympla.com.br/. Os participantes recebem certificado de 8h extracurriculares.

Na ocasião do seminário, será lançado o projeto “Mãos EmPENHAdas contra a Violência”, com palestra da idealizadora e coordenadora estadual da mulher no Mato Grosso do Sul, juíza em Campo Grande, Jacqueline Machado. O lançamento também contará com participação da empresária Luiz Brunet, embaixadora do projeto.

Também ministra palestra no seminário a desembargadora Lenice Bodstein, do Tribunal de Justiça do Paraná, que falará sobre a atuação da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Paraná, sob sua coordenação, e do TJPR no enfrentamento à violência doméstica contra a mulher.

A vice-presidente da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da OAB Paraná (Cevige), Sandra Lia Leda Bazzo Barwinski abordará a educação e violência doméstica contra a mulher. A advogada também é consultora da Comissão Nacional Especializada em Violência Sexual e Interrupção da Gestação, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Cenário nacional

Levantamento do Datafolha aponta que nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio. Entre os casos de violência, 42% ocorreram no ambiente doméstico. Após sofrer uma violência, mais da metade das mulheres (52%) não denunciou o agressor ou procurou ajuda. O estudo foi encomendado pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) para avaliar o impacto da violência contra as mulheres no Brasil, e divulgado em fevereiro deste ano.

No Paraná, o número de registros de violência doméstica tem aumentado também. De acordo com a Coordenadoria das Delegacias da Mulher no estado, de janeiro a junho deste ano foram 26.228 ocorrências, contra 21.048 no primeiro semestre do ano passado. A elevação foi de 24,6% (ou 5.180 registros a mais). São ocorrências de diversas naturezas, desde agressão verbal até lesão corporal sempre dentro do ambiente doméstico. Os dados indicam que buscar ajuda vem deixando de ser tabu, principalmente entre as mulheres, em função do empenho do Governo do Estado em orientar sobre a importância da denúncia.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, da Câmara dos Deputados divulgou o Mapa de Violência contra a Mulher, com dados relativos a 2018. No documento, analisou mais de 140 mil notícias e identificou 68 mil casos de violência contra a mulher que ocorreram ao longo do ano passado. Em relação à violência doméstica, foi constado pela pesquisa que os maiores agressores ainda são os companheiros. A maioria das vítimas (83,7%) possui entre 18 e 59 anos de idade, sendo que a margem que mais concentra a idade das vítimas é entre 24 e 36 anos; 1,4% das vítimas tinham menos de 18 anos na época da agressão; e 15% apresentavam acima de 60 anos de idade.

CAA/PR apoia seminário sobre violência doméstica e familiar contra a mulher
Inscrições pela plataforma https://www.sympla.com.br/ – Foto: Divulgação

Serviço:
2º Seminário de Violência Doméstica e Familiar com a Mulher

Data: 16 de agosto, das 8h à 18h
Local: OAB Londrina (Rua Governador Parigot de Souza, 311 – Jardim Caiçaras)
Inscrições: https://www.sympla.com.br/.