Sarampo: redução da cobertura vacinal tornou a população suscetível novamente

O medo de ter reação à imunização, o desconhecimento do calendário de vacinação para adultos e idosos, a falsa sensação de segurança (já que muitas doenças estão controladas), fake news e grupos antivacina são fatores que contribuíram para o reaparecimento desta doença, segundo a infectologista do Hospital São Vicente, Dra. Letícia Ziggiotti.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que, em 2017, a doença foi responsável por 110 mil mortes. Nos três primeiros meses de 2019, o número global dos casos aumentou em 300% em comparação ao mesmo período de 2018. Entre 05 de maio a 03 de agosto de 2019, o Brasil confirmou 907 casos de sarampo, sendo 901 (99,3%) no estado de São Paulo, 5 (0,6%) no Rio de Janeiro e 1 (0,1%) na Bahia. A população com idade entre 20-29 anos foi a mais afetada até o momento.

“É importante que a população fique atenta e procure um serviço de saúde em caso de febre associada a lesões de pele disseminadas, com tosse e/ou conjuntivite e/ou coriza, especialmente se histórico de viagem para área de risco nos 30 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas”, informa Dra. Letícia.

O Ministério da Saúde orienta: todos os indivíduos de 1 a 29 anos de idade devem ter duas doses de vacina tríplice viral e pessoas com mais de 30 anos ao menos uma dose (a partir de um ano de idade e com pelo menos um mês de intervalo entre elas); adultos entre 30 e 49 anos de idade, sem comprovação de nenhuma dose, devem receber pelo menos uma dose da vacina tríplice viral (SCR). Esta vacina não é recomendada a crianças menores de seis meses de idade, gestantes e pessoas em estado de imunossupressão.

O sarampo é uma infecção altamente contagiosa, que pode evoluir com complicações e não tem tratamento específico. A vacina é a medida de prevenção mais eficaz. Confira sua carteirinha de vacinação e, na dúvida, procure orientação médica.

Sobre o Hospital São Vicente-Funef

Fundado em 1939, o Hospital São Vicente tem ampla atuação no transplante de fígado e rim, e nas áreas de Oncologia e Cirurgia. De alta complexidade, atende diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, sempre com foco na qualidade e no tratamento humanizado. Desde 2002, a instituição é gerida pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).

Sua estrutura conta com Pronto Atendimento, Centro Médico, Centro Cirúrgico, Exames, UTI, Unidades de Internação e Centro de Especialidades. O programa de Residência Médica credenciado pelo MEC nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

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