Educação financeira para os pequenos: quer ajuda?

Qual pai ou mãe nunca se sentiu dividido entre satisfazer o filho na hora em que pede um brinquedo e ensinar que aquele não é o momento? Aí aparecem aquela carinha de “pidão” quase irresistível e até mesmo acusações de falta de carinho, quando eles estão naquela idade “sem meias palavras”. Esse dilema ataca, seja pelo orçamento apertado ou pela importância de fazer a criança ou pré-adolescente entender que nem sempre seus desejos serão realizados imediatamente.

Quanto mais o mundo evolui, mais a “galerinha” recebe informações com menos esforço. Basta entrar na internet. Já sabemos que os pais devem manter o controle dos dispositivos, mas é cada vez maior o apelo publicitário, mesmo em páginas direcionadas para crianças. Logo, a vontade de ter vem à tona e os argumentos para conseguir realizar os desejos ganham força.

Mas em meio a tantos recursos disponibilizados pela rede, há aqueles em que a inovação tecnológica pode jogar a favor dos pais. Um bom exemplo é o aplicativo Tindin.

A ideia surgiu quando o cientista da Computação Eduardo Schroeder e o desenvolvedor de sistemas Fábio Rogério se depararam com questões relacionadas à educação financeira dos filhos.

Eduardo conta que quando o filho dele, Rafael, tinha pouco mais de 3 anos, sucumbiu ao consumismo infantil. Preocupado, Eduardo procurou ajuda na literatura e descobriu que a mesada educativa poderia ajudar a solucionar aquele problema. “E funcionou!”, relata. “Daquele dia em diante, o Rafael nunca mais parou de poupar para comprar o que ele queria. Quatro anos mais tarde, ele fez uma proposta inusitada: ‘Pai, quero comprar seu cartão de crédito’, e me entregou um saco com moedas. ’Como assim? ’, perguntei… ele respondeu: ‘Lojas de games online não aceitam moedas’, foi um momento Eureka, em que a ideia da Mesada Eletrônica Educativa se formou”.

“Ela nem completou o primeiro aniversário, mas previsões de especialistas apontam para o fim do dinheiro físico e para a predominância do pagamento através do celular em até uma década. Quando ela tiver 10 anos, o dinheiro de papel ou metal como conhecemos não vai mais existir”, diz Fábio Rogério, pai da Alice, hoje com dez meses.

O propósito da Tindin é ensinar finanças na prática para TODA criança. Além da história inspiradora por trás de sua fundação, a plataforma é a única que se propõe a miniaturizar o ambiente financeiro, criando um ecossistema completo e seguro para que as crianças possam desenvolver suas competências financeiras na prática. Autonomia, consumo consciente, planejamento financeiro, investimento e empreendedorismo em um ambiente gamificado (usando mecânicas de jogos eletrônicos) para estimular o engajamento e facilitar a compreensão de conceitos tidos como complexos.

Funciona assim: o responsável instala o app, cadastra as crianças, configura valores e critérios das mesadas, cadastra tarefas e missões, registra o próprio cartão de crédito, e à medida que a criança cumpre os critérios configurados, as recompensas são acumuladas até o dia do vencimento (dia de dar a mesada). O valor é cobrado automaticamente no cartão de crédito do responsável. Uma vez que o dinheiro entre na plataforma, os dependentes podem utilizá-lo para consumo no Marketplace ou realizar pagamentos via QR Code para pessoas ou estabelecimentos também credenciados na plataforma. 

Diferentemente do cartão mesada, por exemplo, que tem valor fixo e o próprio usuário, mesmo sem a maturidade necessária, decide como gastar, o grande diferencial da Tindin é o fato de valorizar a educação financeira. Não é apenas um meio de pagamento, ou apenas marketplace, ou apenas plataforma educacional. É o primeiro arranjo de pagamento a aplicar educação financeira na teoria e na prática para o público infanto-juvenil.

Vale lembrar que a discussão sobre educação financeira infanto-juvenil se encontra em seu ponto mais alto no Brasil, após alteração na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que torna obrigatória a educação financeira e educação para o consumo nas escolas.

E, “cá pra nós”, pais, uma ajuda dessas para evitar as birras e ainda assim realizar os desejos dos pequenos, não é de se jogar fora.