Projeto Orelhinha em ação em Curitiba

O Setembro Amarelo é o mês para intensificar medidas de prevenção, principalmente com pessoas que sofrem bullying na escola ou ambientes sociais. Alguns estados brasileiros estão realizando atividades relativas ao mês. No dia 20 de setembro, por exemplo, o Paraná recebe uma ação do Projeto Orelhinha, que há oito anos realiza cirurgias corretivas de orelha em abano a custo reduzido em crianças e adolescentes em idade escolar. Na ocasião, a iniciativa promove um mutirão de cadastramento, bate-papo e orientações em Curitiba, no Auditório do Hotel Nacional Inn Torres (Rua Mariano Torres, 976, esquina com a Rua 7 de Setembro). Gratuito, o evento é voltado a todos os interessados do estado paranaense. Para participar, basta se cadastrar pelo site www.projetoorelhinha.com.br.

Iniciativa supre demanda reprimida do SUS

Com o objetivo de facilitar o acesso à correção de orelhas em abano, o Projeto Orelhinha viabiliza as cirurgias de otoplastia por aproximadamente 30% do custo médio nacional, equivalente a despesas hospitalares, honorários médicos, material cirúrgico e suporte ao paciente. No país, os planos de saúde não autorizam a cobertura da cirurgia por considerarem um processo apenas estético, enquanto a operação particular custa em média R$ 10 mil. Já o Sistema Único de Saúde não possui estrutura para atender a todas as solicitações e, por isso, acumula uma demanda reprimida que pode levar a até 6 anos de espera pelo procedimento.

Realizadas por meio de parcerias médicas em todas as regiões brasileiras, as otoplastias representam uma oportunidade de resgatar a autoconfiança de crianças e jovens que sofrem bullying por conta de orelhas em abano, que acaba sendo responsável por uma grande incidência de quadros de depressão, isolamento social e afastamento de atividades escolares. Somente no Brasil, um cada dez jovens é vítima desse tipo de violência no ambiente estudantil, segundo dados do programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “Essa cirurgia não é de caráter puramente estético e sim social, pois a correção da orelha em abano tem reflexo diretamente na autoestima do paciente, que muitas vezes chega a colar as orelhas para trás, com fita adesiva ou cola. “Percebemos, imediatamente após a cirurgia de otoplastia, que a vida dessas pessoas muda para melhor”, destaca o fundador do projeto, Marcelo Assis. <hmcomunicacaoeestrategia@gmail.com>