Com 17 mil ocorrências em 24 meses, roubo de cargas em SP cai 22%

Dados analisados nos últimos dois anos pelo Boletim Econômico Tracker-FECAP mostram que bens de baixo valor e de fácil distribuição são os mais visados nos grandes centros devido a fácil distribuição e ausência de fiscalização. Nas estradas, bandidos priorizam eletrônicos, medicamentos, eletrodomésticos e combustíveis

             As ocorrências de roubo e furto de caminhões e cargas registraram queda no último ano, no Estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, analisados minuciosamente no Boletim Econômico Tracker-FECAP que acaba de ser publicado.

Na modalidade cargas, foram registradas 17 mil ocorrências entre junho de 2017 e maio de 2019, uma queda de 22% na comparação entre junho de 2019 e o mesmo mês do ano anterior. Já em relação aos caminhões, a queda de roubos foi de 1% em comparação com o mesmo período. O volume de furtos caiu 18% no mesmo período.

 

Cargas

A maioria dos boletins de registro de roubos de carga ocorre nas vias urbanas (86,7%), principalmente na periferia da capital paulista. Os registros de ocorrência em rodovias e estradas respondem por 8,81% dos casos. Os cinco bairros da capital que registraram maior número de ocorrências foram Capão Redondo, Iguatemi, Vila Maria, Jardim Ângela e Grajau. Seis ruas se destacam como as mais perigosas: Avenida Raimundo Pereira de Magalhaes; Estrada do M’boi Mirim; Rodovia SP 330 (Anhanguera); Avenida Dona Belmira Marin; Rodovia BR 381 (Rod. Fernão Dias) e Avenida do Estado.

A cidade de São Paulo responde isoladamente por 46,5% dos roubos de cargas verificados no estado. A seguir, temos as cidades de Guarulhos (5,2%), Osasco (2,7%), Campinas (2,3%) e São Bernardo do Campo (2,1%).

Os criminosos urbanos buscam por artigos como alimentos, bebidas e cigarros. Os produtos mais roubados foram carnes e derivados, laticínios, cervejas e cosméticos. “As ocorrências são, em sua maioria, em centros urbanos e nos bairros mais populosos da periferia. As mercadorias de baixo valor agregado facilitam a distribuição e receptação no mercado ilegal, que existe devido à ausência do Estado”, analisa o professor e coordenador do Núcleo de Pesquisa da FECAP, Erivaldo Costa Vieira.

Produtos que possuem maior valor agregado como eletrônicos, medicamentos, eletrodomésticos e combustíveis também são alvo do crime nas estradas, apesar dessas ocorrências apresentarem uma frequência menor. “Esse tipo de crime requer um pouco mais de inteligência e organização para venda e distribuição”, finaliza.

Caminhões

O munícipio de São Paulo lidera o número de ocorrência de roubo de caminhões, com 28,2% dos casos. Em seguida, aparecem Guarulhos, Atibaia, Campinas e São José dos Campos. O bairro de Iguatemi, na Zona Leste, foi o que apresentou maior número de casos. Logo depois vieram os bairros de Vila Maria, Vila Leopoldina e São Mateus.

Os dados sobre os furtos mostram a liderança, mais uma vez, da cidade de São Paulo, mas o percentual é menor: 17,9%. A cidade de Campinas está em segundo lugar, seguida por Guarulhos, Ribeirão Preto e Franca.

“O maior registro de ocorrências de furto é na Avenida Doutor Gastão Vidigal (Zona Oeste). Enquanto a Rodovia Fernão Dias (Trecho Capital) foi a via que liderou o número de roubos no período”, destaca o coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Correa.

O período no qual o número de roubos é mais expressivo é o da manhã, com 41%, seguido da tarde, com 24%. As ações de furto, por sua vez, ocorrem majoritariamente de madrugada (37%), seguida pelo período da manhã (19%). Os períodos nos ajudam a observar que as dinâmicas de roubo e furto de caminhões possuem rumos de ação diferenciados.

 

Sobre o Grupo Tracker

O Grupo Tracker faz parte de uma organização multinacional colombiana focada em tecnologia com presença em diversos países da América Latina e Europa. Atualmente, é a maior empresa de rastreamento do Brasil e possui a maior rede privada de antenas de radiofrequência da América Latina. Em 19 anos de atividade no país, já realizou mais de 50 mil recuperações, evitando um prejuízo de cerca de R$ 4,4 bilhões.

Oferece produtos para os mercados Segurador, Transporte e Logística, Construção Civil e Agrícola, além de veículos de passeio. A tecnologia utilizada nos rastreadores do Grupo Tracker é a RF, considerada a melhor solução para roubo e furto e é imune à ação de inibidores de sinais – jammers. Também comercializa produtos baseados no GPS/GPRS e LBS, indicados para monitoramento e gestão de frotas.

A empresa é a fornecedora oficial de rastreadores para a BMW e para a Triumph e tem parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), com quem divulga regularmente o Boletim Econômico Tracker-FECAP, com análises dos prejuízos que o roubo e furto de veículos trazem ao país.

 

Sobre a FECAP

A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) é referência nacional em educação na área de negócios desde 1902. A Instituição proporciona formação de alta qualidade em todos os seus cursos: Ensino Médio (técnico, pleno e bilíngue), Graduação, Pós-graduação, MBA, Mestrado, Extensão e cursos corporativos.

O Instituto de Finanças da FECAP é responsável por gerar dados e resultados a partir de análises econômicas. O núcleo é composto pelo DEPEC (Departamento de Pesquisas em Economia do Crime); NECON (Núcleo de Estudos de Conjuntura Econômica da FECAP); IFECAP (Índice de Expectativa nos Negócios) e NAF (Núcleo de Apoio Fiscal e Contábil da FECAP).

Dentre os diversos indicadores de desempenho, a FECAP comprova a qualidade superior de seus cursos com os resultados do ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e do IGC (Índice Geral de Cursos), no qual conquistou o primeiro lugar entre os Centros Universitários de São Paulo. Em âmbito nacional, considerando todos os tipos de Instituição de Ensino Superior do País, está entre as 5,7% IES cadastradas no MEC com nota máxima.