No caso da mastectomia, o tipo de reconstrução é definida de acordo com o tipo de tumor e o biotipo da paciente. “A avaliação é feita por uma equipe multidisciplinar de mastologista, cirurgião plástico, oncologista e outros profissionais”, diz o médico.
Reconstrução da Mama – Esse procedimento pode ser realizado tanto no momento da retirada do tumor quanto anos após o tratamento inicial. A cirurgia plástica reparadora tem o objetivo de resgatar a autoestima das pacientes. “Após a mastectomia, as mulheres optam por realizar a reconstrução mamária por diversas razões. E, para muitas delas, a reconstrução mamária é uma excelente alternativa para sentirem-se melhor”, diz o Dr. Mário. O procedimento é realizado com o máximo de cuidado com o objetivo de restabelecer a forma e a aparência da mama feminina.
Para a reconstrução, tudo depende da quantidade de pele, gordura e glândula que precisou ser retirada na cirurgia. “Se diagnosticado precocemente, um tumor pequeno e com diagnóstico histológico favorável, é retirada uma pequena parte da mama. Nestes casos, a cirurgia plástica é mais simples e a paciente retorna `a vida normal em cerca de uma semana”, diz o médico.
Já em casos mais avançados, se foi possível preservar pele e músculo, a opção pode ser por uma prótese de silicone. “Se não há espaço suficiente, podemos colocar um expansor, que é uma prótese que será preenchida de soro, aos poucos, no consultório do cirurgião plástico para expandir gradualmente os tecidos e permitir a colocação de prótese de silicone com consistência e formato muito próximos ao de uma mama normal em outra cirurgia posteriormente”, conta.
Quando a retirada da pele também é necessária, tecidos de outras regiões podem ser utilizados. “As opções são várias e o cirurgião plástico sempre vai optar por aquela que traga o melhor resultado e que leve a uma recuperação mais rápida. `As vezes, é muito difícil se obter um resultado ideal em apenas um procedimento, normalmente são necessárias duas ou mais cirurgias”, argumenta o médico.
De acordo com o médico, é importante discutir com a paciente as expectativa em relação `as novas mamas. “Por mais que as próteses de silicone tenham evoluído e confiram aspecto o mais natural possível, sempre serão mais consistentes que a mama original. Além disso, muitas vezes não é possível preservar a sensibilidade da mama”, explica o médico.
Os riscos são os de qualquer outra cirurgia e para evitá-los, é necessário um pré-operatório rigoroso e seguir `a risca as orientações após a cirurgia.
Prevenção do câncer de mamas – O médico diz que algumas medidas podem ajudar a prevenir o câncer de mamas, baseado em importantes estudos científicos:
– Dieta balanceada: rica em frutas e vegetais e com pouca gordura;
– Evitar sobrepeso: obesidade está relacionada ao aumento do risco de vários canceres, incluindo o de mamas;
– Atividades físicas regulares: 1 hora, 3 dias por semana;
– Quando amamentar, fazê-lo pelo maior número de meses possível;
– Evitar ingestão alcoólica excessiva.
Por fim, o médico lembra que o diagnóstico de câncer sempre assusta, mas o diagnóstico precoce ajuda muito o tratamento e as reconstruções. “Visite regularmente o ginecologista e realize regularmente a mamografia de acordo com a orientação do seu médico”, finaliza o médico.
MÁRIO FARINAZZO: cirurgião plástico, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o médico é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professor de Trauma da Face e Rinoplastia da UNIFESP e Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy™ e Dallas Cosmetic Surgery and Medicine™ Annual Meetings. Foi coordenador da equipe de Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Arthur Ribeiro de Saboya-SP até junho 2019 e opera nos Hospitais Sírio, Einstein, São Luiz, Oswaldo Cruz, entre outros. www.mariofarinazzo.com.br
maria.claudia@holdingcomunicacoes.com.br