Aumento da fratura do fêmur de idosos foi tema de Simpósio no Hospital das Forças Armadas

O problema já atinge cerca de 120 mil por ano no Brasil

Aumento da fratura do fêmur de idosos foi tema de Simpósio no Hospital das Forças Armadas

          A fratura de fêmur na população idosa cresceu tanto no mundo e também no Brasil, que especialistas da Sociedade Brasileira de Quadril – SBQ – se reuniram na semana passada com militares da área de Saúde no Hospital das Forças Armadas, em Brasília/DF, para um simpósio científico que sedimentou o protocolo de atendimento desses casos.

         O Simpósio foi organizado porque o problema é mundial – o Consórcio sobre Saúde e Envelhecimento dos Estados Unidos e Europa calcula em 1,6 milhão de casos anuais, que subirão a 6,3 milhões até 2050. No Brasil a estimativa é que os casos já ultrapassem 120 mil, computados apenas os pacientes com mais de 60 anos, segundo a SBQ. Cerca de 50% dos idosos internados devido a problemas de trauma, sofreram a fratura de fêmur.

         “A preocupação dos ortopedistas é dupla, a prevenção, principalmente da osteoporose que enfraquece os ossos do idoso e o tratamento, que precisa ser rápido e deve obedecer ao protocolo preconizado”, explica o presidente da Regional Centro-Oeste da Sociedade Brasileira de Quadril’, Anderson Freitas, que apoiou o evento.    

         A perda do equilíbrio decorrente da idade faz com que o idoso sofra quedas quando escorrega ou tropeça, e se os ossos estiverem fragilizados, o tombo pode levar à fratura do colo do fêmur. É importante que o idoso se exercite, tome sol, tenha cálcio na sua alimentação e também cuidados em casa, eliminando-se tapetes que permitem escorregar e contando com barras de apoio no chuveiro, por exemplo.

         O custo do tratamento é muito alto, segundo os especialistas, principalmente quando é necessária uma prótese para substituir a parte do osso fraturada e fragilizada. Embora os tratamentos disponíveis sejam muito eficazes, a recuperação é demorada, há efeitos psicológicos decorrentes da insegurança e temor de nova queda e não basta o atendimento do ortopedista para cuidar de um problema que só se resolve com tratamento multidisciplinar. Foi por isso mesmo que, além do presidente da SBQ, Guydo Marques Horta Duarte, do vice-presidente da SBQ/Regional Norte e Nordeste, Fabio Moryia, e de outros especialistas da entidade, o simpósio contou com a participação de clínicos, anestesistas, cardiologistas, reumatologistas, cirurgiões vasculares, radiologistas, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas.