Nódulo fibroso benigno surge com mais frequência na pele das pernas e pode surgir em todas as idades, etnias, mas é mais comum em mulheres. Picada de inseto e ferimento em espinho podem indicar causa do problema, que não evolui e não causa risco para a saúde
Com a proximidade das estações mais quentes do ano, é indicado observar o corpo inteiro a fim de realizar o autoexame da pele, como forma de prevenção ao câncer de pele. Algumas pintas podem ser suspeitas, mas também é comum deparar-se com o dermatofibroma, um nódulo endurecido benigno que surge com mais frequência nas pernas. “Essa lesão é caracterizada por um caroço firme cheio de fluido. Como a derme da pele contém terminais nervosos, glândulas e vasos, este caroço surge por conta de um crescimento excessivo do tecido que está na derme”, afirma a dermatologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Geralmente rosa acastanhados, eles são inofensivos e não estão relacionados ao câncer de pele.
A dermatologista explica que as causas são desconhecidas, mas que já se sabe que os dermatofibromas aparecem por lesões na pele, que podem vir de picadas de inseto, traumas na área ou ferimentos em espinho. “Dermatofibromas ocorrem com mais frequência nas pernas e braços, mas também podem surgir no tronco ou em qualquer local do corpo. As pessoas podem ter 1 ou até 15 lesões. O tamanho varia de 0,5 a 1,5 cm de diâmetro; a maioria das lesões tem 7-10mm de diâmetro. Esses nódulos firmes presos à superfície da pele e móveis sobre o tecido subcutâneo podem ter cor, que pode ser rosa a marrom claro na pele branca e marrom escuro a preto na pele escura; alguns parecem mais pálidos no centro. Eles geralmente não causam sintomas, mas às vezes podem ser dolorosos ou coçar”, diz a médica.
Diagnosticados pela visão e pelo toque, o médico também poderá apertar a pele sobre o nódulo. Como esse tipo de lesão não desaparece sozinha, pode ser feita a remoção cirúrgica, com anestesia local. “Mas a remoção deixa cicatriz, uma vez que o dermatofibroma acomete camadas mais profundas da pele. Outro método é por meio do congelamento por nitrogênio líquido, que congela o nódulo e faz ele ficar achatado. No lugar, fica uma marca branca e o dermatofibroma pode voltar a crescer”, diz a médica. “Mas esse não evolui para algum problema mais sério”, finaliza.
DRA. KÉDIMA NASSIF: Dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br
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