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Da Mecânica Industrial a um dos chefs mais conceituados da cidade: conheça a trajetória de Jaime Spazzini, do Radisson Hotel Curitiba

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Mesmo que a vida leve a caminhos diferentes e que a juventude ainda seja breve demais para mostrar a verdadeira vocação, existem trajetórias que sempre apontam o verdadeiro destino profissional. Foi assim com o paranaense Jaime Spazzini, de 33 anos, agora responsável pelo cardápio do Restaurante Origens, do Radisson Hotel Curitiba.  Natural de Laranjeiras do Sul, ele foi criado com uma irmã, uma mãe que gostava “mais ou menos” de cozinhar e um pai radialista que sempre o incentivou a buscar o seu próprio caminho. E, claro, duas avós que sempre mostraram a cozinha italiana tradicional como um diferencial para unir a família e os amigos. Mas a gastronomia profissional nunca foi seu foco enquanto morava em sua cidade natal.

Quando ele foi cursar Mecânica Industrial em Cornélio Procópio, também no interior do Paraná, essa realidade começou a mudar. “Eu morava em uma república com mais oito pessoas e todo mundo tinha que cozinhar e se virar, mas logo eu fui eleito o cozinheiro oficial”, lembra.

O cozinheiro da casa começou a perceber que a Mecânica Industrial não era seu forte, mas na época, início dos anos 2000, ainda não existiam muitos cursos profissionalizantes na área gastronômica. A ideia de apostar na gastronomia como profissão, no entanto, não foi abandonada por Jaime. Assim que a Universidade Positivo abriu um curso na área, ele mudou-se para Curitiba e concluiu a sua formação em 2012.

Também na Universidade Positivo fez Pós-Graduação em Gestão de Empreendimentos Gastronômicos e Eventos e uma segunda Pós-Graduação em Processos de Controle e Vigilância Sanitária, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), o que contribuiu em sua experiência acadêmica para embarcar em uma prática que vem chamando a atenção na gastronomia cheia de sucessos em Curitiba.

Com dezenas de cursos profissionalizantes na área, ele foi se especializando em gastronomia de eventos e elaboração de cardápios, além de desenvolver uma cozinha experimental que ele não abre mão até hoje.

“Pessoalmente eu gosto muito da cozinha asiática e tenho uma equipe de amigos que chamo de ‘equipe teste’”, brinca. Quando quer realizar alguma experiência com ingredientes inusitados, ele chama os amigos para provar. E muitos desses testes já saíram da sua casa para os mais diversos restaurantes da capital. “Meu pai sempre me incentivou a buscar minhas próprias experimentações e a me desenvolver pessoal e profissionalmente e essa influência foi muito importante pra mim”, conta.

Ele já foi chef de cozinha do Harmonia Grill; cozinheiro líder do Santa Genoveva; atuou como chef do Lys Bistrô, quando foi indicado ao Prêmio Bom Gourmet, um dos mais conceituados da cidade, com o melhor prato; foi chef executivo do Manga Rosa, que recebeu a indicação de melhor restaurante contemporâneo no prêmio Veja Comer & Beber; trabalhou na Anis Gastronomia, produzindo e organizando eventos e foi chef executivo do buffet do Graciosa Country Club.

Jaime atuou como chef de cozinha da PUC-PR antes de assumir seu mais novo desafio. Desde junho, ele é o chef de cozinha do Radisson Hotel Curitiba. Seu primeiro desafio foi avaliar o cardápio e realizar mudanças que vão ao encontro da gastronomia contemporânea onde menos é mais. “Reduzimos o cardápio em mais de 30 opções, sempre valorizando os ingredientes naturais”, conta.

Além disso, levar em conta a necessidade do público alvo também é uma exigência. “Hoje é preciso pensar nas restrições alimentares, nas práticas mais orgânicas e oferecer opções para todas as pessoas”, diz.

Na área de eventos, isso também é uma premissa, com o diferencial de pensar em toda uma logística que varia a cada realidade. E buscar atender os desejos individuais sem perder a essência do restaurante, é uma das apostas de Jaime.

O cardápio recém-reformulado por ele será lançado aos hóspedes e ao público em fevereiro de 2020, com uma gastronomia voltada para a culinária contemporânea e feita com a dedicação de quem ama a profissão. “Quem gosta de cozinhar nunca pensa em ser chef, pensa em ser cozinheiro. Por isso eu estou sempre muito perto da minha equipe, desenvolvendo e observando todas as questões que garantem a qualidade da comida”, ressalta.

 

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