Paranaenses encerraram 2019 endividados

Os paranaenses encerraram 2019 do mesmo jeito que começaram: endividados. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 90,88% das famílias que vivem no Paraná possuíam algum tipo de dívida em dezembro. Esse percentual é semelhante ao registrado em janeiro, quando 90,01% afirmavam estar endividadas. A média geral de endividados no Estado ficou em 90,42% no ano passado, o que representa aumento de 1,5 pontos percentuais em relação a 2018, quando a média de endividamento foi de 88,92%.

Já a parcela de famílias com contas em atraso caiu no último mês de 2019, passando de 29,44% em novembro para 28,87% em dezembro, em função, basicamente, do pagamento do 13º salário e da liberação dos saques do FGTS. Em janeiro, 27,84% iniciaram o ano passado com contas pendentes.

Por outro lado, aquelas famílias que não conseguiram quitar as dívidas ficaram em situação mais delicada no fim do ano. Houve aumento da parcela de endividados que afirmavam que não conseguiriam pagar seus débitos, que passou de 10,82% em novembro para 11,87% em dezembro. Em janeiro, 11,17% dos paranaenses reconheciam não ter condições de pagar suas dívidas.

Endividamento por faixa de renda

As famílias de maior renda permaneceram 2019 mais endividas. Na média anual, entre aquelas com rendimentos acima de dez salários mínimos, 94,44% possuíam dívidas, demonstrando aumento em relação a 2018, quando o endividamento médio foi de 92,59%.

Entre as famílias de menor renda, a média de endividamento foi de 89,56%. Também houve alta em relação a 2018, que teve média de 88,13%.

Tipo de dívida

O cartão de crédito foi o principal motivo de dívidas em 2019 e concentrou 76,49% das contas a pagar em dezembro. Na análise anual, verifica-se elevação no percentual de parcelamentos no cartão, com aumento gradativo desde janeiro, quando essa forma de pagamento representava 71,72% das dívidas dos paranaenses.

O financiamento de veículo, que começou o ano como motivo de 9,75% das dívidas, foi reduzindo a partir de junho e chegou a dezembro com 6,94%.  Já o financiamento imobiliário iniciou 2019 com 9,07% e encerrou o ano com 8,45%.