Orar = meditar

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Paiva Netto

É indispensável orar e vigiar (Evangelho, segundo Mateus, 26:41), mormente nas ocasiões de crise, qualquer que seja o local ou o instante. A dor não aguarda oportunidade para bater à porta do nosso coração.
E a prece não é somente útil nos transes dramáticos da vida, mas essencial também na hora de buscar as soluções para os desafios de ordem filosófica, política, econômica, científica, religiosa, artística, esportiva, pública, doméstica etc.
Orar e meditar têm exata correspondência. Ser humilde, perante a Verdade, é conduta imprescindível. Assim pensava o notável professor e missionário metodista Eli Stanley Jones (1884-1973), que permaneceu largo período de sua vida na Índia e visitou várias vezes o Brasil: “A humildade é a essência da Criação Divina. A primeira providência para o encontro com Deus é liquidar com o orgulho. (…) Quando a pretensão termina, o poder tem início”.
Convém igualmente recordar esta advertência de Confúcio (551-479 a.C.): “Pague a Bondade com a Bondade, e o mal com a Justiça”.
É oportuno, porém, destacar que o mestre de Mêncio (372-289 a.C.) não falava de revanche, mas de Justiça.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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