Efeito sanfona pode favorecer o aparecimento de flacidez e estrias; saiba como evitar o problema

A adoção de medidas drásticas para emagrecer pode até ser eficaz, mas existe o risco de causar um fenômeno temido por grande parte das pessoas que estão tentando perder peso: o efeito sanfona, ou seja, a recuperação do peso perdido pouco tempo depois de ter emagrecido. O problema é que esse ciclo interminável de engordar e emagrecer pode causar uma série de impactos negativos no organismo, inclusive na pele. “A perda de peso, principalmente em casos em que há diminuição expressiva na quantidade de gordura, causa a redução do volume que mantinha a pele esticada. Como resultado, o tecido cutâneo torna-se flácido e enrugado, aspecto que ainda é acentuado pelo fato de o processo de emagrecimento rápido levar a um aumento da produção de radicais livres, que causam danos nas fibras de colágeno responsáveis por sustentar a pele”, afirma o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Além disso, de acordo com o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a briga contra a balança também favorece o aparecimento de estrias, principalmente em regiões como abdômen, seios, interior das coxas e glúteos. “Isso porque a constante alteração no peso causada pelo efeito sanfona faz com que ocorra um estiramento do tecido cutâneo, o que leva ao rompimento das fibras elásticas de colágeno e, consequentemente, ao surgimento das estrias”, explica.

Mas a boa notícia é que é possível prevenir o problema através do emagrecimento saudável e da adoção de uma alimentação balanceada após a perda de peso para evitar que o efeito sanfona aconteça. Para isso, a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, recomenda que se tenha acompanhamento médico. “O ideal é que qualquer emagrecimento rápido ou que conte com perda ponderal de mais de 10% do peso corporal seja acompanhado de perto por um nutrologista. Apenas com mudanças no hábito alimentar e a prescrição individualizada de suplementos alimentares é possível minimizar o aspecto indesejado causado pela perda de peso, incluindo o aparecimento de estrias e flacidez”, ressalta. Além de adquirir uma alimentação balanceada, é importante também perder peso de forma gradual, ingerir quantidade suficiente de água por dia, adotar uma rotina de cuidados com a pele, praticar exercícios físicos regularmente e evitar hábitos nocivos, como fumar. “E essas medidas saudáveis devem continuar mesmo após o emagrecimento para evitar que se ganhe peso novamente.”

Porém, para aquelas que já sofrem com flacidez e estrias causadas pelo efeito sanfona, é possível tratá-las através da realização de procedimentos estéticos em consultório médico. Para tratar a flacidez, por exemplo, pode-se fazer uso do Total Sculptor, único aparelho que associa o ultrassom macrofocado com a radiofrequência multipolar para tratar gordura e flacidez. “O ultrassom macrofocado do Total Sculptor age na derme de dentro para fora, aquecendo-a para estimular justamente onde estão os fibroblastos, que são as células que estimulam o colágeno. Já a radiofrequência age da maneira inversa, aquecendo a derme de fora para dentro para promover a contração e o estímulo da produção do colágeno”, destaca o Dra. Abdo Salomão. Com o Total Sculptor são necessárias, no máximo, duas sessões de ultrassom (a cada três meses) e quatro sessões quinzenais com a radiofrequência.

Já as estrias podem ser tratadas com métodos que vão desde cremes à base de ácido retinóico e ácido glicólico até lasers. Hoje em dia, existe também o tratamento com microagulhas de ouro combinadas à radiofrequência, como o Eletroderme da multiplataforma Solon, que é extremamente eficiente na eliminação dessas alterações. “As agulhas do equipamento ultrapassam a epiderme, emitindo ondas eletromagnéticas apenas nas camadas mais profundas da pele, preservando a superfície. Isso faz com que a temperatura da derme chegue até 70ºC, estimulando a produção de colágeno e refazendo as fibras rompidas”, afirma o dermatologista. Dessa forma, o Eletroderme provoca a regeneração celular por meio do processo de cicatrização, proliferação de células-tronco e estímulo da síntese de elastina, colágeno e angiogênese (proliferação de vasos sanquíneos). “Possuindo ação até a derme média, o equipamento, por contar com radiofrequência, ainda é capaz de realizar pontos de coagulação de efeito térmico sem nenhuma interação com a epiderme”, acrescenta Dr. Abdo. E o melhor é que, de acordo com o médico, são necessárias apenas quatro sessões para dar fim ao problema.

FONTES:

MÁRIO FARINAZZO – Cirurgião plástico, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o médico é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professor de Trauma da Face e Rinoplastia da UNIFESP e Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy™ e Dallas Cosmetic Surgery and Medicine™ Annual Meetings. Opera nos Hospitais Sírio, Einstein, São Luiz, Oswaldo Cruz, entre outros. www.mariofarinazzo.com.br

DRA. MARCELLA GARCEZ – Médica Nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo.

ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Professor universitário, Dr. Abdo Salomão Jr. ministra aulas nos principais congressos nacionais da especialidade. Além disso, já deu aulas na Austrália, Itália e Coréia do Sul. É uma referência em conhecimento de lasers e tecnologias para fins dermatológicos e estéticos. Diretor da Clínica Dermatológica Abdo Salomão Junior. maria.claudia@holdingcomunicacoes.com.br