Pandemia de Coronavírus exige cuidados com os pets

Veterinária explica a importância de vacinar bichos de estimação para evitar transmissão de doenças aos humanos

Veterinária Elaine Tamura explica que vacina de Covid para cães não pode ser administrada em humanos

A pandemia do Coronavírus está modificando os hábitos dos brasileiros que estão em quarentena. Cuidados com a higiene pessoal, alimentação e a saúde dos pets ganham destaque nesse momento de reclusão.

Segundo a Associação Mundial de Veterinários para Animais Pequenos [WSAVA] – comunidade global com mais de 200 mil veterinários em todo planeta – as pessoas que testaram positivo para a Covid-19 devem restringir ao máximo o contato com seus pets.

“Por se tratar de um vírus pouco conhecido é preciso ficar atento também à saúde dos animais uma vez que eles podem não desenvolver a virose mas podem agir como fômites – um meio de reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos, de um indivíduo a outro mesmo sem desenvolver a doença. Algo muito próximo do que ocorre com o corrimão e a maçaneta”, explica Elaine Tamura, veterinária há 24 anos e especialista em saúde pet em condomínios.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 60% das enfermidades que atacam os seres humanos têm origem nos animais. O Coronavírus é um deles, pois teve origem no mercado de animais vivos da cidade de Wuhan, na China.
Prevenção

Apesar da venda de animais vivos ser um negócio legalizado na China, a pandemia do Coronavírus levou o governo daquele país a rever algumas leis internas, inclusive o abate para consumo de animais silvestres.

“Cada animal pode trazer patógenos diferentes. Existem vários tipos ou cepas de Coronavírus na natureza e cada um deles pode infectar diferentes espécies como cães, gatos, ferrets, cavalos e bovinos. Por isso frisamos a necessidade de manter em dia a carteirinha de vacinação do seu pet”, explica a veterinária.

O coronavírus já é conhecido em cães e gatos. Nos cães, os Coronavírus são conhecidos como Coronavírus Canino (CCoV) ou Coronavírus Respiratório Canino (CRCoV). Nos gatos, Coronavírus Felino (FCoV) é o responsável pela Peritonite Infecciosa Felina – uma doença grave que atinge órgãos internos de maneira generalizada. “Essas moléstias não são transmissíveis ao homem. Porém, a recomendação é aplicar vacina nos pets e evitar o contato direto, ou seja, evite beijar seu bicho de estimação e mantenha as vacinas todas sempre em dia”, pondera.

Mentira

Outra informação de interesse coletivo refere-se às vacinas para Coronavírus Canino. “Ela não serve para o Covid-19 que infecta os humanos, infelizmente. Isso é uma informação errônea e criminosa que circula pelas redes sociais e precisa ser combatida”, argumenta Elaine.

Segundo a veterinária, o momento é de redobrar os cuidados com as pessoas e os animais e só levar para passear animais que precisam desta rotina para suas atividades fisiológicas. “E o passeio deve ser breve, com hora para início e fim e evitar áreas por onde circulam ou circularam muitas pessoas. No retorno, importante a higiene correta das patinhas, focinhos e pelagem”, destaca a veterinária Elaine Tamura.

Para saber mais:

Elaine Tamura é médica veterinária formada pela UFPR há 24 anos, tem duas especializações em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais e dirige a www.caodominio.com – empresa especializada em saúde pet nos condomínios de Curitiba.

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