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Fórum SBTVD trabalha na etapa final da suíte de testes do perfil D do Ginga

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Aplicativos para o perfil D do Ginga, também conhecido como DTV Play permitirão nova forma de interação dos telespectadores com o conteúdo disponibilizado pelas emissoras, tanto via broadcast como broadband 

Impulsionada principalmente pelo isolamento social, a audiência da TV aumentou. Segundo dados da pesquisa da Kantar Ibope Media, realizada entre 16 a 19 de março deste ano, para 77% da população, a TV aparece como o meio mais confiável para se obter informações sobre o coronavírus (Covid-19). No período, os segmentos com destaque foram os jornalísticos (alta de 17%) e os infantis (alta de 14%).

Composto por integrantes das emissoras de TV, fabricantes de equipamentos de recepção, transmissão e indústrias de software, bem como representantes do Governo Federal e entidades de ensino e pesquisa, o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD) trabalha para a melhoria contínua do serviço de TV digital aberta à população.

Um dos novos avanços é o perfil D, nova versão do middleware Ginga. Também conhecido como DTV Play, é baseado na plataforma IBB (Integrated Broadcat – Broadband), permitindo, de forma resumida, convergir a TV aberta com a banda larga, o que abre um novo modelo de negócios.

Para implementação deste recurso, o Fórum desenvolveu uma suíte de testes, que garantirá a interoperabilidade dos televisores que tenham o perfil D embarcado com as aplicações interativas que serão desenvolvidas pelas emissoras de TV aberta. O Módulo Técnico, por meio do subgrupo de Suíte de Testes, é o responsável pelo seu desenvolvimento, última etapa antes da implementação.

O trabalho dos especialistas envolvidos no desenvolvimento da suíte de teste tem como objetivo final preparar uma série de streams e aplicativos que permitem  verificar todas as funcionalidades previstas no conjunto de normas ABNT 15606 à TV Digital, tais como a execução de aplicativos Ginga-HTML5, novas funcionalidades do Ginga-NCL, o suporte a novos formatos de mídia, além da comunicação entre aplicativos externos ou locais que se comunicam com a TV por meio da API Restful do GingaCC WebServices. “Com esses streams, os desenvolvedores de middleware e fabricantes de televisores poderão confirmar que suas implementações cumprem os pontos especificados pela norma e o que comportamento segue o determinado. Além disso, a emissora, ao desenvolver um aplicativo Ginga, tem uma garantia maior de que seu produto será executado da mesma forma em diversos receptores”, destaca Raphael Barbieri, coordenador da suíte de testes do Fórum SBTVD.  

Testes 

Recentemente, em maio deste ano, aconteceu a fase final de implementação dos aplicativos de testes. Conforme explica Barbieri, o Fórum finalizou a conclusão da criação dos documentos de assertivas, documentos de casos de teste e aplicativos de teste em Ginga-NCL, Ginga-HTML5 e aplicativos HTML5 para validação da API Ginga CC WebServices em ambientes de execução não-locais (externos ao receptor).

Atualmente o grupo está trabalhando na fase de revisão dos aplicativos e tanto as universidades, quanto os membros do Módulo Técnico que participam do Grupo de Trabalho estão auxiliando neste processo.

“Neste momento, o objetivo é validar o material disponibilizado, encontrando e corrigindo erros de implementação. Em paralelo, os primeiros TSs (transport streams) serão criados para permitir a realização de testes em aplicativos que necessitem de um sinal de TV específico”, explica o coordenador da suíte.

Quando perguntado sobre os benefícios dos testes para o Fórum e os associados, Barbieri comenta que “o principal benefício é garantir a interoperabilidade do perfil D (ou DTV Play) entre os diversos fabricantes/modelos de aparelhos de TV. Com isso, as emissoras terão a segurança de que se o seu produto com o perfil D foi desenvolvido de acordo com as normas, conseguirão atingir o mesmo resultado para todos os usuários que possuírem televisores desenvolvidos a partir do sucesso dos testes”.

Já para os radiodifusores e desenvolvedores de aplicativos Ginga, a suíte de testes também serve como uma forma de exemplificar a implementação e a execução esperada das funcionalidades descritas nas normas, evitando que interpretações distintas sobre trechos dos documentos de especificação levem a comportamentos inesperados ao serem executados em televisores de diferentes fabricantes.

“Portanto, podemos dizer que os membros do setor de recepção, radiodifusão e software são os principais beneficiados com esta ação. É interessante destacar também que este trabalho tem como consequência o amadurecimento do padrão DTV Play, pois, contribui com as tarefas dos Grupos de Diretrizes Operacionais, que visam melhorar a especificação do padrão”, finaliza o coordenador.

Interatividade

Aplicativos para o perfil D do Ginga, perfil interativo do padrão de TV digital aberta brasileira permitirão uma nova forma de interação dos telespectadores com o conteúdo disponibilizado pelas emissoras, tanto via broadcast como broadband. Entre os benefícios, os consumidores poderão acessar os aplicativos, sem saírem do ambiente da TV aberta.

“O consumo de serviços de streaming cresceu muito nos últimos dias e a restrição de consumo de dados via internet é uma possibilidade real, para não acontecer um colapso na rede; a busca por informações atualizadas é constante e a televisão é considerada uma das fontes mais confiáveis, junto com a mídia impressa”, ressalta. Segundo o especialista, ao cruzar esses fatores, tem-se a conclusão que o fornecimento de conteúdos de uma forma mais interativa, com grande quantidade de dados comuns sendo entregues à população via broadcast e pequenas inserções mais individualizadas via broadband, podem formar um ecossistema sustentável e expansível, tanto no número de usuários, como na quantidade de conteúdos disponibilizados.

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