Temos um compromisso social neste momento: Medicamentos não podem faltar

*Eder Fernando Maffissoni

Vivemos um dos momentos mais difíceis pelos quais muitos de nós passaremos, talvez seja realmente o mais complicado. A pandemia da Covid-19 nos apresenta um cenário de exigências. Algumas muito práticas, pois precisamos de transformações imediatas. Outras, mais comportamentais, já que nunca foi necessária tanta resiliência, cooperação e empatia.

Mas é justamente essa capacidade que temos de nos adaptar e somar forças para a superação que nos dá a certeza de que tudo vai ficar bem. Vemos pessoas, empresas, entidades, sociedade civil organizada fazendo suas partes e se unindo para o enfrentamento desta crise sanitária e, consequentemente, econômica.

Nós da Prati-Donaduzzi cumprimos o nosso compromisso social. Justamente agora o que a população mais precisa é de profissionais da saúde, hospitais e medicamentos. Manter o abastecimento diante de tantas adversidades é o nosso objetivo e a nossa forma de contribuir, afinal medicamentos não podem faltar.

Temos um importante papel na sociedade, evidenciado ainda mais neste momento. Somos a maior fornecedora de medicamentos genéricos do governo, ou seja, contribuímos significativamente para manter unidades básicas de saúde e hospitais abastecidos em todo o território brasileiro.  Muitos destes são utilizados para o tratamento inclusive dos sintomas da Covid-19, como dipirona, paracetamol, ibuprofeno, azitromicina, entre outros.

Para dimensionar, fomos a indústria farmacêutica que mais produziu Azitromicina no Brasil no ano passado. Também somos líderes de mercado de diversos medicamentos que tratam doenças como diabetes, hipertensão, Alzheimer, Parkinson, depressão, esquizofrenia, entre outras. São diariamente milhões de pessoas que dependem de nossos medicamentos para a manutenção da saúde física e mental.

Por isso não podemos pensar em frear e continuamos com a nossa produção. Com muita responsabilidade, segurança e cuidado com nossos colaboradores, mantemos nosso parque fabril produzindo na capacidade máxima, por 24 horas. Os protocolos de prevenção foram adotados desde janeiro, com a proibição de viagens internacionais, e depois foram aumentando, seguindo todas as orientações dos órgãos de saúde.

Também tivemos que solucionar os problemas com a logística, cotação do dólar e o aumento de preço e carência de matéria-prima. Com grande parte de nosso insumo importado da Ásia, especificamente da Índia e da China, tivemos que sacrificar nossa rentabilidade para não enfrentarmos o desabastecimento. Afinal, temos como missão levar saúde à população e precisamos trabalhar para garantir o acesso a medicamentos.

Economicamente também temos feito esforços para contribuir. Apesar das dificuldades, não reduzimos jornadas e salários e nem o nosso quadro de colaboradores. Temos retido e até gerado novos empregos.

Sabemos que agora temos que concentrar todos os esforços na produção de medicamentos e na superação desta crise. Fazemos nossa parte com muito otimismo acreditando que dias melhores nos esperam. Que a nossa atitude responsiva de hoje nos respalde para um amanhã de sonhos.

*Eder Fernando Maffissoni é diretor-presidente da Prati-Donaduzzi.