Casos de influenza A caem 82% no Paraná; pandemia intensifica as medidas de cuidados e puxa redução

Medidas de prevenção à COVID-19 favorecem a diminuição de casos, registro de 331 no ano passado para 59 em 2020, no mesmo período; atendimento domiciliar auxilia na redução do risco por contágio, explica especialista

De acordo com o Boletim divulgado pela Secretaria de Saúde em julho, o Paraná registrou até o momento 59 casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) por influenza A, o H1N1, enquanto no mesmo período de 2019 foram registrados 331 casos. Apesar da mudança na temperatura climática,  a queda de 82% tem explicação: maior cuidado por parte das pessoas devido à pandemia da COVID-19 potencializado pelo período de isolamento em casa. O atendimento domiciliar é um aliado na questão, tanto para manter o índice controlado quanto para tratar quem já está com sintomas.

“Para pessoas que apresentem os sintomas de H1N1 ou necessitem atendimento, seja qual for o motivo, pode ser arriscado deslocar-se ao pronto atendimento pelo fato do maior risco de contágio, inclusive, do novo coronavírus. Nesse contexto, o tratamento domiciliar deve ser a primeira opção”, afirma Aline Pasiani, coordenadora médica da Lar e Saúde, referência em home care em todo o Brasil.

Mesmo com menor quantidade de registros, em alguns casos, complicações como pneumonia, insuficiência respiratória e até mesmo quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) podem ocorrer. Por isso, caso apresente sintomas como febre, calafrios, mal-estar, coriza, tosse seca e dores de cabeça, de garganta e no corpo, deve-se procurar auxílio médico que pode ir até sua casa.

Para a prevenção, a principal medida é a vacina, sobretudo para quem pertence a algum grupo de risco, já que garante proteção contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B, outros tipos também mais severos de influenza.

“Não é necessário sair de casa para tomar a vacina contra os tipos mais graves de Influenza, também. Nós vamos até sua casa para realizar o gesto vacinal caso tenha a vacina”, detalha Aline. “Além disso, um médico também realiza o acompanhamento do caso, acompanhar evolução e estado do paciente”.

Prevenção continua sendo fundamental
Além disso, todos os cuidados recomendados para a evitar a transmissão do coronavírus também valem para a gripe: lavar as mãos e higienizar as superfícies regularmente, usar máscara, evitar sair de casa e ter contato com pacientes doentes, não compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes ventilados, são as principais medidas.